Sem Jonas Vingegaard na formação, a
Team Visma | Lease a Bike apresenta-se na
Volta a Itália de 2025 com uma estratégia multifacetada, apostando nos sprints com Olav Kooij e Wout van Aert, enquanto confia a liderança para a classificação geral ao recém-chegado Simon Yates. Para as jornadas montanhosas e as etapas de transição,
Wilco Kelderman surge como peça chave, tanto no apoio ao britânico como nas movimentações ofensivas.
“As coisas estavam a correr muito bem na Volta ao País Basco, mas senti que ainda me faltava alguma coisa”, confessou Kelderman à IDLProCycling. “Depois, fui para um estágio em altitude e melhorei o meu desempenho. Agora sinto-me preparado. Temos aqui uma equipa poderosa e experiente, com qualidade para lutar em vários tipos de terrenos.”
Com Van Aert a apontar a etapas específicas e Kooij a tentar brilhar nos sprints puros, Kelderman destaca o equilíbrio da formação holandesa: “Acho que temos uma boa mistura. O Olav, o Wout e o Simon são os nossos líderes, cada um com o seu perfil. Isso permite-nos ser perigosos em quase todos os cenários.”
Quanto a Simon Yates, a confiança interna é elevada. O britânico de 32 anos conhece bem a Volta a Itália, onde já foi protagonista, tendo usado a camisola rosa por 13 dias em 2018 antes do colapso épico na terceira semana. Kelderman acredita que Yates está preparado para uma nova tentativa, agora com o apoio estrutural da Visma.
“Ele é super tranquilo e experiente. Sabe exatamente o que fazer, conhece o seu corpo, o que é essencial numa Grande Volta. O mais importante era adaptar-se à nossa dinâmica interna, mas isso já foi feito”, comentou. “Apesar de só ter feito duas corridas connosco, está bem integrado.”
Sobre as possibilidades na geral, Kelderman mostra-se cautelosamente optimista: “Há vários tipos que temos de considerar como principais favoritos, como Primoz Roglic e Juan Ayuso, por exemplo, mas acredito que o Simon pode lutar pelo pódio. E se tudo correr bem, até por algo mais.”
O próprio Kelderman terá espaço para ambições individuais. “Podem contar comigo entre os atacantes, pois é esse o plano. Há algumas etapas em que podemos ter vários homens na frente, por isso este Giro é bom para mim nesse sentido.”
Com um papel entre gregário de luxo e caçador de etapas, o holandês de 33 anos espera ainda deixar a sua marca pessoal na Corsa Rosa. “Se houver uma abertura e boas pernas, claro que quero tentar vencer uma etapa. Este percurso permite isso.”