Na sua segunda participação na
Volta a Itália, a
Tudor Pro Cycling Team chega com ambições reforçadas e vontade de deixar uma marca nas estradas italianas. No entanto, para
Larry Warbasse, o capitão de estrada da equipa suíça, a corrida de 2025 quase terminou antes mesmo de ter começado, fruto de um susto durante um treino de reconhecimento em Tirana.
“‘Cuidado!’ gritei, como tantas vezes faço, para alertar os meus colegas sobre um buraco enorme na estrada”, relata Warbasse num blogue do Cyclingnews. “Quando me desviei para o evitar com a minha BMC TimeMachine TT, acabei por bater numa lomba que estava mesmo ao lado. Não tinha luvas e as mãos estavam escorregadias por causa do protetor solar. As mãos deslizaram do guiador e só me salvei porque tive um reflexo rápido, apoiando os pulsos e mantendo a bicicleta direita. Foi por pouco.”
O americano, que já passou pelas AG2R e IAM, descreve o momento como um "quase desastre" que poderia ter deixado a Tudor privada de um dos seus elementos chave. “O meu Giro quase acabou aqui na Albânia, mas felizmente conseguimos todos alinhar na partida em Durrës. E nas três primeiras etapas, tendo em conta como tudo começou, ter terminado já é uma grande vitória.”
Warbasse admite que a equipa estava algo apreensiva com as condições das estradas albanesas. “Nos dois treinos prévios à corrida, havia muitas dúvidas sobre a qualidade do piso. Mas felizmente, as estradas nas etapas 1, 2 e 3 estavam em boas condições.”
O ciclista de 33 anos também tece uma reflexão interessante sobre a dinâmica do pelotão em contextos mais perigosos. “Quando todos estão em alerta máximo, seja por causa da chuva, seja por estradas irregulares, parece que há menos quedas do que o habitual, por causa de uma maior concentração relativamente aos perigos”
Ainda assim, os acidentes de Mikel Landa e Geoffrey Bouchard na primeira etapa deixaram marca e ficaram na memória de todos. “Apesar desses episódios, de um modo geral, penso que houve menos incidentes na corrida do que o que é normal numa Grande Volta, o que é muito bom”, conclui Warbasse.