Wout van Aert não tem treinado na bicicleta de contrarrelógio e hoje, na Volta ao Algarve, era um outsider no que se tratava das hipóteses de vencer a etapa. No final do dia terminou em segundo lugar, apenas atrás do seu companheiro de equipa Jonas Vingegaard.
"Estou mesmo a olhar para os trepadores, porque este contrarrelógio é bastante duro. A aproximação à subida final também foi difícil. Não foi possível manter um ritmo controlado", disse van Aert à Eurosport.
O contrarrelógio tinha 17 quilómetros ondulantes, na sua maioria planos e depois uma subida de 2 quilómetros onde as inclinações atingiam os dois dígitos em certos pontos. Tomou a decisão de mudar para a bicicleta de estrada no inicio do Malhão e chegou à liderança provisória na altura, batendo o melhor tempo que pertencia a Jakov Soderqvist.
O belga confessou que sofreu muito para terminar numa boa posição no contrarrelógio. "Não me senti bem em lado nenhum. Sofri e senti-me desconfortável, mas essas são muitas vezes as melhores provas de contrarrelógio. Também estou contente, porque continuo a bater-me com homens fortes na especialidade".
"Fizemos uma boa mudança de bicicleta. Depois disso, fiz a subida de forma rápida e é por isso que estou contente. É difícil dizer se teria pedalado da mesma forma numa bicicleta de contrarrelógio", continuou. "Conseguia aguentar-me melhor na minha bicicleta de estrada, por isso para mim foi a escolha certa. Agora temos de ver como é que vai funcionar."
Pelo caminho bateu nomes como Filippo Ganna e Stefan Küng por uma longa margem e os seus principais adversários foram Antonio Tiberi, cuja forma melhorou significativamente na etapa rainha, e Jonas Vingegaard, que conseguiria melhorar o tempo de van Aert, vencendo a etapa e a geral - fazendo deste um dia de sucesso para a Team Visma | Lease a Bike.
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— Team Visma | Lease a Bike (@vismaleaseabike) February 23, 2025
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