Wout van Aert reage à critica os seus rivais após o caos da queda no Giro: "Alguns ciclistas deviam usar a cabeça"

Uma queda nos quilómetros finais da 14.ª etapa da Volta a Itália 2025 lançou a etapa do avesso. A Team Visma | Lease a Bike não conseguiu conquistar a tirada com Wout van Aert ou Olav Kooij, mas saiu reforçada na luta pela geral, com Simon Yates a ganhar tempo a vários rivais directos.

Wout van Aert não escondeu a sua frustração com o ambiente de tensão que marcou os momentos anteriores à queda. Em declarações à imprensa belga após a etapa, o belga apontou o dedo à postura de algumas equipas: "As equipas da geral estão demasiado nervosas. Criam o seu próprio stress e é por isso que os ciclistas caiem. Temos que ter coragem de dizer isto."

Habitualmente, quando uma queda envolve tantos nomes da geral, existe uma espécie de "neutralização informal" entre as equipas da frente, para permitir o regresso dos ciclistas envolvidos. Desta vez, esse espírito de desportivismo não existiu e a Visma manteve o ritmo elevado na frente do grupo perseguidor, o que gerou algumas críticas no final.

Van Aert rejeita qualquer ideia de falta de fair play: "Ganhámos tempo com o Yates? Sim, mas, sinceramente, teria preferido ganhar a etapa com o Olav e terminar com um pelotão compacto. Tínhamos as coisas bem controladas, mas queimamos metade da nossa equipa porque a luta pelo posicionamento era constante. A última coisa que vamos fazer é correr riscos desnecessários. Alguns ciclistas deviam usar a cabeça."

Sobre as condições da etapa, reconheceu que não eram ideais, mas minimizou o papel da organização: "Era arriscado, com estradas molhadas e algumas zonas que foram recentemente pavimentadas, mas, para ser sincero, achei o circuito de Lecce muito mais perigoso, com aqueles engarrafamentos. Podia haver opções mais seguras, mas também podíamos todos ter tornado a corrida mais segura."

Van Aert concluiu com uma certeza: "Eles nunca iriam neutralizar a corrida."