Zeeman fala sobre os papeis de Vingegaard, van Aert e Matteo Jorgenson para o Tour: "O Jonas é o único ciclista da nossa equipa neste momento que pode ganhar a Volta a França"

A Tean Visma | Lease a Bike vai para a Volta a França com o objetivo de vencer a corrida pela terceira vez com Jonas Vingegaard. Apesar dos obstáculos que teve na sua preparação, isso é claro dentro da equipa, incluindo os co-líderes Matteo Jorgenson e Wout van Aert.

"O Jonas é o único ciclista da nossa equipa neste momento que pode ganhar a Volta à França", disse Merijn Zeeman numa entrevista à CyclingWeekly. "Acredito realmente que o Matteo Jorgenson será um ciclista muito, muito bom no futuro. Penso que Matteo também tem hipóteses de ganhar o Tour na sua carreira, mas ainda está a evoluir." A equipa tem, portanto, um único líder, em contraste com a UAE Team Emirates, que tem Tadej Pogacar, Adam Yates, João Almeida e Juan Ayuso como legítimos candidatos à vitória final ou ao pódio;

Na realidade, a Visma também teria, teoricamente, três cartas, uma delas seria Sepp Kuss, que venceu a Vuelta no ano passado, mas esteve longe da sua melhor forma no Critérium du Dauphiné; e a outra seria Matteo Jorgenson, que venceu a Paris-Nice e a Dwars door Vlaanderen na primavera e, recentemente, conseguiu um brilhante segundo lugar na Critérium du Dauphiné, onde esteve perto de destronar Primoz Roglic. Jorgenson seria um candidato ao pódio se mantivesse este nível durante todo o Tour, mas a equipa não quer colocar essa pressão no jovem americano.

"Penso que se analisarmos a época do World Tour até à data, o Matteo está entre os melhores ciclistas do mundo neste momento. É uma progressão notável", admite Zeeman. No entanto a principal contratação da Visma desta época nunca correu para obter um bom resultado à CG numa Grande Volta. "É um ciclista fantástico para ter na equipa e é incrível trabalhar com ele, um verdadeiro líder, que torna a nossa equipa mais forte. Nunca se sabe o que acontecerá no Tour. Mas o Matteo é muito claro quando diz que vai ao Tour para ajudar o Jonas. A intenção é muito clara: ele quer ajudar a equipa apoiando o Jonas o melhor possível."

Zeeman também explica como surgiu o plano de Wout van Aert para correr na Volta a França, depois do acidente na Dwars door Vlaanderen ter interrompido os seus planos para a primavera. "O Wout ligou-me e ligou ao Grischa para dizer que estava muito motivado para ir à Volta e fazer algo especial para a equipa, com a equipa, e isso significa estar ao lado do Jonas a lutar pela amarela."

"Por isso, como em todos os outros anos, o Wout é o melhor domestique que o Jonas poderá ter. Ele faz realmente a diferença como ciclista, como pessoa e como líder. Seria fantástico se ele pudesse ganhar uma etapa também, porque um campeão como ele merece isso", afirma.

"Espero que voltemos a ter alguma polémica, porque é bom para o documentário no final da época, por isso temos de criar uma. Ou talvez possamos resolvê-la com a Bélgica e a Dinamarca a jogarem uma contra a outra no Campeonato da Europa e aí também fica resolvido."