Thibau Nys tem sido um dos ciclistas mais impressionantes até agora nesta campanha de ciclocrosse. O belga de 21 anos já somou três vitórias de elite ao seu palmarés.
"Podemos olhar para trás e ver dois meses fantásticos com a Thibau", diz Eric Braes, do
Baloise - Trek Lions, em conversa com Wielerflits. "Mas há que manter a cabeça fria em relação a isso. Se ganharmos o Koppenberg, temos de calcular imediatamente: isto não vai durar. O que ele conseguiu ultrapassou as minhas expectativas e as de toda a gente. Ele próprio também não estava à espera disto. Mas temos de ser realistas: uma coisa destas exige muito esforço numa idade tão jovem. Fizemos o nosso melhor para o preparar mentalmente o melhor possível para o facto de as coisas não correrem tão bem de qualquer forma. Isso é muito importante para a sua paz de espírito".
A vitória em Koppenberg, juntamente com uma vitória na
Taça do Mundo UCI em Waterloo e um início de inverno vitorioso em Beringen, mostram muitos sinais positivos. No entanto, isso não quer dizer que tudo tenha sido positivo, com alguns resultados mais decepcionantes nas últimas semanas. No entanto, Braes ficou impressionado com a maturidade crescente de Nys quando confrontado com a desilusão.
"Sétimo na Taça do Mundo aos 21 anos, é um bom resultado. Mas os jovens ciclistas por vezes querem esquecer isso", explica, referindo-se ao resultado de Nys em Troyes. "São jovens, estão motivados e querem chegar ao topo o mais rapidamente possível. Não se podem dar ao luxo de ter um dia mau, mas é muito importante ser capaz de colocar algo assim em perspetiva."
"Devo dizer que ele evoluiu muito nesse aspeto. Há dois anos, parava frequentemente ou baixava a cabeça quando as coisas não estavam a correr bem", continua Braes. "Agora quase não o vemos fazer isso. Essa é uma das suas maiores evoluções."
Nys também foi criticado recentemente pelo Presidente da UCI,
David Lappartient, devido à sua ausência numa prova da Taça do Mundo, algo que Braes considera ter sido desproporcionado. "Nunca optámos por não ir a Dendermonde, pois não? Nós apenas olhámos para o que era melhor para Thibau", explica ele. "Desta forma, ele podia descansar um dia extra para o fim de semana seguinte. Acreditem, nunca olhamos para as corridas, os organizadores ou os percursos. Elaboramos um programa antecipadamente com base no ciclista, mas se ele sentir que não está no seu melhor, nós, enquanto equipa, temos de intervir e usar o nosso bom senso."