Numa das corridas mais excitantes, dramáticas e emocionantes do inverno até agora,
Puck Pieterse aguentou uma remontada tardia de
Ceylin del Carmen Alvarado para conquistar a vitória na
Taça do Mundo UCI em Hulst.
"Tinha uma vantagem de dez a vinte segundos durante todo o cross, mas na última volta sabia que a Lucinda Brand e a Ceylin estavam a lutar muito", explica na sua entrevista após a corrida. "Depois cometi um erro numa parte não muito difícil e parei. Aí vi a minha vantagem desaparecer. Mas depois da subida íngreme tive a minha parte - com curvas, um pouco de sprint - por isso senti-me confiante de que poderia terminar a prova se ainda estivesse na frente."
Apesar de a campeã do Mundo Fem van Empel ter sido travada por uma queda, o facto de Pieterse já ter uma liderança clara nessa altura não deve ser esquecido. "É sempre muito complicado aqui. Também estava escorregadio no meio. Depois, só temos de nos manter na bicicleta. Não conseguia ver o que estavam a fazer atrás de mim. De vez em quando ouvia quantos segundos tinha, mas era difícil porque havia muita gente", reflete Pieterse."Então, teve de ser baseado nas sensações. Nos pontos em que conseguia olhar um pouco, via que a diferença se mantinha sempre mais ou menos a mesma."
No final, apesar da luta épica de Alvarado, Pieterse manteve a vitória. "Em Gavere, Diegem e Hulst tive sempre uma pequena vantagem no início. Por um lado, isso é muito bom, porque podemos conduzir as nossas próprias linhas. Mas, por outro lado, estamos constantemente a ser pressionados por trás. Claro que nunca foram longe. Isso faz com que seja difícil mantermo-nos atentos. Também cometi um erro na última volta, mas isso é porque pensamos: não posso cometer erros", conclui.