“Talvez as minhas primeiras provas de regresso não sejam brilhantes, mas deem-me algum tempo”: Zoe Backstedt regressa ao ciclocrosse após fratura no pulso

terça-feira, 23 dezembro 2025 a 9:00

Zoe Bäckstedt fará a aguardada estreia da época de ciclocrosse a 28 de dezembro na ronda da Taça do Mundo UCI em Dendermonde. A britânica, que assinou uma época de afirmação confirmando-se como uma das melhores contrarrelogistas do pelotão, esteve parada nas últimas semanas devido a uma queda.

A atleta de 23 anos sofreu uma fratura no pulso numa queda em treino em novembro, o que atrasou a sua estreia no ciclocrosse cerca de um mês. A lesão está ultrapassada e ela está pronta para voltar à lama, ainda que saiba que as primeiras corridas não serão fáceis.

Regresso após uma recuperação difícil

“Para a minha primeira corrida de regresso, as minhas esperanças e expectativas não são muito altas, não no mau sentido, mas não quero pôr pressão para alcançar algo irrealista. Foram seis longas semanas a ver as outras correrem e eu só quero estar a competir com elas. Por isso, talvez as primeiras corridas não sejam brilhantes, mas deem-me algum tempo”, afirmou em comunicado da equipa.

A recuperação não foi simples, mas a sua condição atual é melhor do que esperava. “Sabe tão bem voltar à bicicleta de cross. Estava um pouco apreensiva com a primeira sessão, mas afinal não havia motivo para preocupar!”

Bäckstedt venceu o contrarrelógio sub-23 no Campeonato do Mundo no Ruanda

“As últimas cinco ou seis semanas foram duras, sobretudo por ter de pedalar no rolo todos os dias! Mas, ao mesmo tempo, tornou ainda mais prazeroso quando pude voltar a pedalar na rua. No geral, sinto que estou em forma razoável, tendo em conta tudo. Claro que a força no pulso não é a mesma de antes, mas isso faz parte do regresso após uma lesão…”

Explicando a sua ligação duradoura ao ciclocrosse, Bäckstedt disse à Cycling Weekly: “Toda a gente acha que devemos ser um bando de malucos por gostar de correr com 2°C e chuva, quando as corredoras de estrada estão ao sol ou de férias. Mas isso é parte do que adoro, estar na natureza, entre as árvores”.

“No verão, digo sempre: ‘Ah, adoro a estrada, mas tenho saudades do ciclocrosse.’ E no inverno, digo o contrário. Enquanto estiver numa bicicleta, estou feliz”.

O seu calendário de inverno inclui, para já, oito provas de ciclocrosse, enquanto a participação no Campeonato do Mundo de Ciclocrosse UCI no final de janeiro ainda não está confirmada. Na época passada, disputou 16 corridas de ciclocrosse e terminou sempre no top-10. O ponto alto foi o 2º lugar na Taça do Mundo em Zonhoven, o seu melhor resultado na Taça do Mundo de elite até à data.