Não há praticamente nenhum outro ciclista no pelotão do ciclocrosse que pareça pedalar de forma elegante na bicicleta como
Tibor del Grosso. O Campeão do Mundo de Sub-23 segue ligeiramente as pisadas do seu colega de equipa
Mathieu van der Poel, mas recusa-se a fazer comparações e também não quer colocar uma pressão desnecessária sobre os seus ombros ao fazê-lo.
Confirmou que este fim de semana vai correr nos
campeonatos nacionais de elites e não de sub-23, como seria de esperar. "Não tem havido muitas corridas de ciclocrosse de sub-23, mas é claro que também estava curioso este inverno para ver qual era a minha posição entre os profissionais", disse o holandês em declarações ao De Telegraaf. "Embora tudo possa mudar, é claro".
Já provou ter nível para ser competitivo mesmo entre os elites, especialmente entre holandeses, na ausência de van der Poel. No ano passado, venceu o Campeonato do Mundo e a Taça do Mundo de sub-23, enquanto este ano ganhou as quatro corridas de sub-23 que disputou. Entre os elites, o seu pior resultado foi um 7º lugar e, recentemente, em Koksijde, foi segundo atrás de Laurens Sweeck.
"Esperava subir ao pódio uma vez, o que consegui com um segundo lugar em Koksijde, mas o nível é elevado. Eu sabia que tinha dado um passo em frente este verão, mas também é bom ver isso confirmado. Mas se o Mathieu van der Poel e o Wout van Aert estiverem de volta, é normal que eu desça um ou dois lugares", admite. No entanto nos campeonatos nacionais não terá adversários de nível muito alto. É certo que terá de enfrentar a forte dupla Lars van der Haar e Pim Ronhaar, mas o título nacional é uma possibilidade bastante realista para o jovem de 21 anos.
Independentemente do resultado, é muitas vezes comparado a van der Poel, uma vez que ambos correm pela mesma equipa e com a camisola arco-íris. Tibor del Grosso parece ser um ciclista muito popular e já demonstrou que tem capacidades extraordinárias em cima da bicicleta.
No entanto, Del Grosso não quer criar um nível muito alto de expectativas e complementa o atual campeão do mundo de elite. "O Mathieu é de um nível excecional, enquanto eu ainda tenho muito a provar. Ele é o melhor ciclista absoluto nas clássicas de estrada e de fundo. A velocidade com que ele consegue passar tanto as rectas como as curvas nos cruzamentos e vencer... Ele é incomparável a qualquer um".
"Só posso esperar que um dia me torne campeão do mundo entre os profissionais. Toda a gente gosta de se comparar, mas por enquanto, não me quero a comparar a ele. Estou muito contente com a minha evolução e com o facto de ser visto como um candidato ao Campeonato Nacional no domingo. Mas não estou a contar as minhas galinhas antes de elas chocarem. É preciso saber lidar com todos os adversários num dia como esse", concluiu.