Na última etapa de montanha da
Volta a França de 2024,
Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard voltaram a estar no centro das atenções. No final, Pogacar foi mais uma vez o homem do dia, imitando o falecido Gino Bartali com uma quinta vitória em chegadas de montanha na mesma Volta a França.
No intenso calor do verão francês, a corrida aqueceu logo primeira subida do dia, com todos os ciclistas das posições mais baixas do top-10 da classificação geral a tentarem melhorar a sua posição com um ataque de longe. Derek Gee, Matteo Jorgenson, Giulio Ciccone e até Adam Yates tentaram todos entrar nas primeiras fugas, entre outros.
No entanto, Carlos Rodriguez da INEOS Grenadiers, que começou o dia em 6º lugar da geral, já se encontrava em apuros na primeira subida do dia, tendo descolado do grupo do Maillot Jaune ode estavam muitos dos homens que tinham esperanças de o ultrapassar na geral.
No topo da primeira subida, um trio formado por Bruno Armirail, Enric Mas e Wilco Kelderman conseguiu escapar. Na descida seguinte e na segunda subida do dia, Richard Carapaz, Romain Bardet, Marc Soler e Jan Tratnik juntaram-se a um segundo grupo de perseguição. No topo da segunda subida os três mais fortes desse grupo de perseguição, Jasper Stuyven, Kevin Geniets e Tobias Johannessen juntavam-se aos líderes da corrida.
Enquanto conseguiam aumentar a sua vantagem para mais de cinco minutos a certa altura, Remco Evenepoel deu ordens os seus colegas de equipa da Soudal - Quick-Step para irem a frente do grupo, com Gianni Moscon a imprimir um ritmo feroz e a reduzir a diferença para apenas 3:53 a 50 km do final. A pouco mais de 40 quilómetros do fim, a cerca de 4 quilómetros da penúltima subida, começaram os ataques na fuga. Primeiro Jan Tratnik, com o homem da Team Visma | Lease a Bike a ter a companhia de Richard Carapaz e Enric Mas. Com Carapaz a conquistar o máximo de pontos na subida, a sua vitória na classificação do prémio da montanha estava carimbada, só precisando de terminar a corrida.
No inicio da última subida, a vantagem do grupo de 10 homens sobre o pelotão era de 2:57 em relação ao grupo da CG, o que significava que a vitória da etapa ainda estava em jogo. Richard Carapaz e Enric Mas provaram ser os mais fortes da fuga na subida final. A 10 quilómetros do final, a dupla ainda tinha mais de dois minutos de vantagem sobre o grupo perseguidor. No entanto, quando Mikel Landa veio impor o ritmo para Evenepoel, o grupo foi dizimado com Santiago Buitrago, Giulio Ciccone, Adam Yates e Derek Gee a descolarem, reduzindo a diferença de tempo para os homens da fuga para menos de dois minutos.
A 7 quilómetros do fim, Landa abriu para o lado e Evenepoel atacava. No entanto, com Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar na roda do belga, tornou-se mais num teste do que qualquer outra coisa. Com as coisas a reagruparem-se, João Almeida começou a marcar o ritmo e a possibilidade de mais uma vitória para Pogacar na etapa era grande, especialmente quando, a pouco menos de 6 quilómetros do fim, a diferença entre o Maillot Jaune e os líderes caiu para menos de um minuto.
Depois, quase em simultâneo, Carapaz e Evenepoel atacavam os seus respectivos grupos. No entanto, ambos não conseguiram ser bem sucedidos e, para desilusão de Evenepoel, um contra-ataque de Vingegaard acabou por desfazer o sonho do belga. A 2,6 km do final, Pogacar e Vingegaard apanharam Enric Mas e Carapaz. Enquanto Mas descolou rapidamente, Carapaz conseguia segurar a roda da dupla até ao quilómetro final. No entanto, nos últimos 500 metros, restavam apenas dois homens na frente com Pogacar na frente, Vingeggard esboçou um ataque imediatamente respondido pelo esloveno, que mais forte, fez a ultima centena de metros isolado para levantar os braços pela quinta vez nesta edição da Volta a França.