33 anos de prisão para o assassino do antigo ciclista da Movistar, Marlon Pérez

Ciclismo
sábado, 22 novembro 2025 a 11:00
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Mais de um ano depois da trágica morte de Marlon Pérez, o mundo do ciclismo teve conhecimento hoje o desfecho judicial do caso. O antigo profissional colombiano, que representou a Caisse d’Epargne (atual Movistar Team) entre 2008 e 2009, foi assassinado aos 48 anos numa altercação num bar em El Carmen de Viboral, a 3 de outubro de 2024. O agressor foi agora condenado a 33 anos e quatro meses de prisão, segundo decisão de um tribunal do departamento de Antioquia.
A justiça colombiana encerra assim uma das páginas mais dolorosas da história recente do desporto nacional. De acordo com informações avançadas pela Blu Radio, a investigação decorreu com rapidez, tendo sido localizada a arma utilizada e recolhidos elementos probatórios no local, que sustentaram a acusação e permitiram agora a condenação formal do autor do crime.

Um ciclista de referência desde os anos 90

Marlon Pérez foi uma figura destacada do ciclismo colombiano ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000. A sua ascensão internacional começou ainda muito jovem, em 1994, ao conquistar a medalha de ouro na corrida por pontos nos Campeonatos do Mundo Júnior de Pista, realizados em Quito.
A partir desse marco, construiu uma carreira sólida e respeitada. Teve uma breve passagem pela desaparecida equipa Linda McCartney, em 2001, e deu o salto definitivo para o profissionalismo com a Colombia-Selle Italia em 2005. Seguiram-se períodos ao serviço da Tenax e da Caisse d’Epargne, antes de se despedir do ciclismo competitivo em 2012, representando a Colombia-Claro.
Entre os seus principais resultados destacam-se três títulos nacionais de contrarrelógio, seis vitórias em etapas na Volta à Colômbia e três participações olímpicas: Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004.
Marlon Perez, morto em outubro de 2024 após um altercação num bar.
Marlon Perez, morto em outubro de 2024 após um altercação num bar.

Muito mais do que palmarés

Além do seu desempenho desportivo, Pérez é lembrado pela influência duradoura no desenvolvimento de jovens ciclistas colombianos. A sua orientação na formação de Rigoberto Urán, por exemplo, é frequentemente citada como determinante para o futuro vice-campeão olímpico e múltiplas vezes pódio de Grandes Voltas.
A sentença agora conhecida encerra o processo judicial, mas o seu impacto permanece vivo no pelotão e entre os adeptos. A morte de Marlon Pérez continua a ser sentida como uma perda profunda, não apenas pelas conquistas, mas pelo legado humano que deixou no ciclismo colombiano.
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