Depois das terríveis imagens que correram mundo da quarta etapa da Volta ao País Basco, em que vários ciclistas caíram na descida de Olaeta, foram levantadas preocupações sobre a transmissão televisiva do rescaldo do acidente. Entre os que manifestaram publicamente as suas preocupações encontra-se Peta Cavendish, a mulher de Mark Cavendish.
Depois da etapa, a atleta foi às redes sociais para dar a sua opinião sobre o assunto, afirmando que "há muita conversa em torno das filmagens prolongadas de ciclistas imóveis e das repetições intermináveis do acidente. Sei que algumas famílias de corredores partilharam a sua opinião de que é útil, pois são as únicas actualizações que recebem. A espera pela informação parece uma eternidade. No entanto, eu prefiro não fazer de voyeur da fragilidade de uma vida humana".
Esta é uma preocupação que já foi levantada antes, quando assistimos a acidentes desagradáveis, com Cavendish a dizer: "Não acredito que 'faça parte do desporto'. É algo que já disse muitas vezes. Não se trata apenas da angústia que pode causar ao ser observado em tempo real. Mas também o peso que pode ter no futuro".
Peta Cavendish já teve a sua quota parte de momentos de preocupação enquanto espectadora de ciclismo profissional, uma vez que o seu marido Mark já teve várias quedas graves durante a sua carreira. Sobre o efeito que assistir a um acidente pode ter na família de um ciclista, Peta Cavendish disse: "Já fui a mulher que tinha os filhos nos braços e estava a assistir, a tremer a cada repetição. Não falo por toda a gente. Mas não nos esqueçamos de que estas imagens não servem para informar, para dar factos ou actualizações desportivas vitais. É para obter audiências".