"A presença dele é um grande trunfo" Organização da Volta a França satisfeita com o regresso de Mathieu van der Poel

Para um ciclista com o talento explosivo de Mathieu van der Poel, contar apenas uma vitória em etapas na Volta a França é um registo modesto. No entanto, com o percurso de 2025 a oferecer várias oportunidades ao estilo ofensivo do holandês, o diretor da prova, Christian Prudhomme, acredita que este poderá ser finalmente o ano em que Van der Poel deixará uma marca mais profunda na maior corrida do calendário mundial.

“O simples facto de ele estar de volta já me faz sorrir”, confessou Prudhomme em declarações ao De Telegraaf, nas vésperas do arranque da 112.ª edição da Volta a França. “Só de dizer o nome dele sinto alegria. Vimo-lo recentemente a atacar todos os dias no Dauphiné. Vê-lo correr é sempre uma emoção. A sua presença é um grande trunfo para a Volta a França.”

Apesar do seu palmarés na Grande Boucle ser, até agora, relativamente discreto, Van der Poel já protagonizou momentos de grande impacto na prova. Prudhomme não esquece a edição que o líder da Alpecin-Deceuninck brilhou, vestindo a camisola amarela durante quase uma semana.

“Foi o seu primeiro Tour e nesse ano ele passou seis dias deslumbrantes de amarelo”, recorda Prudhomme. "Tudo o que o envolveu - especialmente a ligação emocional ao seu falecido avô, a lenda francesa do ciclismo Raymond Poulidor, que faleceu em 2019 - fez com que esse fosse um dos momentos mais emocionantes do meu tempo como diretor do Tour."

Agora, com o regresso de Van der Poel ao pelotão da Volta e com várias etapas desenhadas à medida do campeão mundial de 2023, Prudhomme sente que o momento é propício para algo especial.

"O Mathieu tem o dom de transformar qualquer corrida num espetáculo por si só, e desta vez poderá iluminar toda a primeira semana da Volta", antecipa. "Acho que não estou a arriscar muito ao dizer que o meu instinto me diz que o vamos ver no degrau mais alto do pódio depois de uma destas primeiras etapas."