Na quinta-feira de manhã, em Lille, Skujins ainda usava o equipamento tradicional da equipa, explicando que a nova camisola de campeão nacional será revelada nas próximas horas. Será a primeira vez, em quatro anos, que enverga a camisola de campeão nacional na estrada, e a terceira vez que chega à Volta a França com esse estatuto, depois de 2019 e 2021.
A corrida francesa tem trazido bons momentos ao letão, e a nova configuração da chegada em Paris, com o circuito de Montmartre, poderá abrir novas possibilidades. Ao contrário do tradicional sprint nos Campos Elísios, o traçado final de 2025 é mais técnico e exigente, criando oportunidades para perfis como o de Skujins.
Em 2024, o letão surpreendeu com um quinto lugar na prova de estrada dos Jogos Olímpicos e confirmou o seu nível nas grandes provas ao terminar em segundo na Strade Bianche e em quarto no Campeonato do Mundo de Zurique. São prestações que consolidam a sua reputação de ciclista que atinge o pico de forma nos momentos decisivos.
Sobre a etapa final, Skujins prefere manter alguma cautela: "Honestamente, não sei como vai ser, se vamos mesmo correr, mas é difícil dizer".
Na fase inicial da corrida, o foco estará na proteção de Jonathan Milan nos sprints e na tentativa de manter Mattias Skjelmose bem colocado na geral. Também Thibau Nys poderá tentar algo nas primeiras etapas mais exigentes. Com um papel mais discreto nas primeiras jornadas, Skujins poderá surgir com maior liberdade na segunda metade da prova.
Mesmo assim, não estabelece datas no calendário: "Gostaria de ganhar em qualquer dia".
Apesar de ser um ciclista capaz de vencer por mérito próprio, o seu principal papel será o de apoiar os líderes da equipa. "Ajudar os líderes, obviamente. Depende do dia, vamos tentar mudar um pouco a equipa todos os dias, dependendo da etapa, mas de certeza que vou estar envolvido com os dois rapazes", afirmou, referindo-se a Milan e Skjelmose, que partem com ambições claras nesta edição do Tour.