A batalha pelos potenciais candidatos ás Grandes Voltas está a tornar-se cada vez mais intensa, com as equipas a procurarem talentos promissores desde muito jovens. A Red Bull - BORA - hansgrohe já assegurou os serviços de Primoz Roglic, quatro vezes vencedor de Grandes Voltas até 2025, mas o diretor desportivo Rolf Aldag garante que as ambições não se ficam por aqui e que a equipa já está a olhar para o futuro.
A melhor hipótese de contratar um candidato de topo à CG será em 2026, quando o atual contrato de Remco Evenepoel com a Soudal - Quick-Step terminar. "Com a Red Bull, isso significa que se houver um ciclista de topo no mercado no próximo ano, talvez agora possamos contratá-lo", disse Aldag à
Velo. "Isso aliviaria o stress de toda a organização se tivéssemos um vencedor para os próximos dois, três, quatro anos. Não é como se fôssemos dizer que se há ciclistas de topo no mercado que não estamos interessados."
Mas Aldag não se limita a pensar no potencial substituto de Roglic, preferindo que o próximo vencedor da Volta à França cresça dentro da própria estrutura de desenvolvimento da equipa. "Se planearmos daqui a oito anos, sabemos que agora tens 17 anos, mas tens de ganhar a Volta a França daqui a seis anos", afirmou Aldag. "Se conseguirmos ter alguma consistência já a partir de 2025 e mais além, isso significará que os ciclistas mais jovens não terão a pressão de o fazer agora."
O cenário ideal envolveria a compra de
Tadej Pogacar ou
Jonas Vingegaard, mas Aldag reconsidera que isso não é realmente possível. "Se dissermos que queremos ganhar a Volta à França, seja como for, estamos a competir com equipas que têm muito dinheiro", afirma Aldag. "Se dissermos que queremos comprar o contrato de Tadej Pogacar, enfrentamos os Emirados Árabes Unidos, onde o dinheiro não os vai chocar de forma alguma. No passado, era mais fácil comprar pilotos".