Remco Evenepoel perdeu esta tarde a camisola amarela no
Critérium du Dauphiné, após uma etapa marcada pelo ritmo infernal e pelo domínio absoluto de
Tadej Pogacar. Apesar de uma exibição sólida, o belga da
Soudal - Quick-Step revelou ainda não estar no seu pico de forma para lidar com os melhores nas subidas mais exigentes.
“O Pogacar está sólido como uma rocha. Ele pedalou incrivelmente forte, especialmente na última subida, que foi feita a uma velocidade impressionante”, comentou o director desportivo Tom Steels ao Het Laatste Nieuws. A análise confirma a dureza da jornada para Evenepoel, que resistiu enquanto pôde ao ritmo esmagador imposto primeiro pela Team Visma | Lease a Bike e depois pela UAE Team Emirates - XRG.
Na Côte de Domancy, o campeão olímpico acabou por explodir, incapaz de seguir o ritmo imposto por Jhonatan Narváez e mais tarde por Florian Lipowitz e Matteo Jorgenson, que também se revelaram demasiado fortes nos derradeiros quilómetros da subida.
Remco explodiu na ultima subida do dia
Apesar da perda de tempo, a equipa mantém-se serena e em linha com os seus objetivos. "Esperávamos estar um pouco mais lá à frente, mas esta é uma situação semelhante à do ano passado. Ainda nos falta melhorar ligeiramente nas inclinações mais íngremes, mas falta muito para a última semana da Volta a França”, explicou Steels, mostrando confiança no processo.
Evenepoel entra agora na penúltima etapa do Dauphiné no quarto posto da geral, a 1:22m de Pogacar, mas apenas a 28 segundos do pódio, ocupado por Lipowitz. Na estrutura da Soudal - Quick-Step, não há qualquer dramatismo, apenas a consciência de que há margem para evoluir.
“O importante é que estamos a subir melhor do que há um ano atrás nesta mesma corrida. Ainda temos trabalho pela frente, mas nada disto é dramático. Há que manter a calma e continuar a trabalhar”, concluiu Steels, lançando o foco para o verdadeiro objetivo da temporada: a Volta a França.