A Visma assume que falhou o objectivo da 19ª etapa: "É facil falar agora..."

Jonas Vingegaard esteve muito próximo de vencer a 19ª etapa da Volta a França 2025, mas acabou por cruzar a meta em segundo lugar, atrás de Thymen Arensman, ainda que pela primeira vez nesta edição da prova tenha conseguido deixar Tadej Pogacar atrás de si. Um sprint tardio por parte do dinamarquês poderá ter-lhe custado a vitória, e há a sensação generalizada de que, com uma abordagem táctica ligeiramente diferente, o desfecho poderia ter sido outro. O próprio director desportivo da Team Visma | Lease a Bike, Grischa Niermann, reconheceu essa hipótese, numa entrevista concedida à televisão dinamarquesa TV2.

“Sabíamos que o Tadej queria vencer e que a UAE manteria o grupo da frente sob controlo. Na última subida sabíamos que não valia a pena atacar cedo, porque queríamos conquistar a etapa com o Jonas”, explicou Niermann.

“Ele esteve muito perto da vitória, mas no final ele e o Tadej começaram o sprint um pouco tarde demais”, analisou o alemão, que ainda assim sublinhou os sinais positivos da performance de Vingegaard. “Ele mostrou estar novamente muito forte. O Tadej atacou algumas vezes no início da subida final, tentando largar toda a gente, mas o Jonas respondeu sempre e conseguiu agarrar-se à roda dele.”

“Ele esteve bem, soube gerir-se, manteve-se sempre na roda certa. Pedalou de forma muito controlada. No fim não conseguiram alcançar o Arensman e por isso não venceu a etapa”, continuou. “Talvez tivessem conseguido apanhá-lo se o Jonas tivesse lançado o ataque mais cedo, mas aí o Tadej podia estar na roda dele e ganhar o sprint.”

“É fácil falar agora que o Jonas deveria ter tentado antes”, reconheceu Niermann, “Mas havia uma boa possibilidade de o Pogacar estar na roda dele e ultrapassá-lo nos metros finais.”

Quando questionado sobre como Vingegaard conseguiu terminar à frente de Pogacar pela primeira vez desde o sprint de 2024, o director desportivo não avançou com grandes certezas: “Não sei. Terão de lhe perguntar a ele e especialmente ao Tadej. O Tadej teve de trabalhar muito na última subida e isso acabou por nos beneficiar.”