A Visma joga na defensiva antes do contrarrelógio do Dauphiné: "Não somos os favoritos amanhã"

A terceira etapa do Critérium du Dauphiné 2025 revelou-se um desafio peculiar. Com um perfil demasiado exigente para os sprinters puros, mas sem dificuldade suficiente para agitar os candidatos à classificação geral, o cenário era propício a uma fuga bem-sucedida. E assim foi: Ivan Romeo aproveitou a oportunidade e celebrou a sua primeira vitória no WorldTour, numa jornada em que o pelotão optou por guardar energias.

Para a Team Visma | Lease a Bike, o dia de terça-feira serviu para poupar munições, com o contrarrelógio individual à vista. O diretor desportivo Grischa Niermann reconheceu a dureza da tirada, mas manteve-se tranquilo quanto ao panorama geral: “Foi um dia difícil, com temperaturas elevadas. Formou-se uma fuga forte que acabou por se manter na frente. É claro que isso nunca é o ideal, mas a situação na classificação geral ainda é boa”, afirmou em comunicado de imprensa.

Depois de um dia de gestão, segue-se agora um momento-chave para os grandes nomes da corrida. A quarta etapa traz um contrarrelógio de 17 quilómetros, curto mas decisivo para aferir a forma dos candidatos à Volta a França. Ainda que não se esperem diferenças avassaladoras, cada segundo poderá contar na preparação para julho.

Jonas Vingegaard, recordado pelo domínio absoluto no contrarrelógio de Combloux no Tour de 2023, estará naturalmente debaixo dos holofotes. Mas Niermann lança também as atenções sobre Matteo Jorgenson, um dos corredores mais regulares da temporada: “Temos dois bons contra-relogistas na equipa, o Jonas e o Matteo, mas não somos os favoritos amanhã. Espero que façamos um contrarrelógio forte e depois veremos qual é a linha de base para os dias seguintes".