A vitória da Visma no contrarrelógio por equipas do Paris-Nice é um marco importante para a equipa

A Team Visma | Lease a Bike voltou a provar que é uma das formações mais organizadas e poderosas do ciclismo atual, ao conquistar o contrarrelógio por equipas no Paris-Nice 2025. Com uma prestação quase irrepreensível, a equipa colocou Matteo Jorgenson na liderança da classificação geral, seguido de perto por Jonas Vingegaard, sinalizando claramente as suas intenções para o resto da corrida.

O impacto imediato é evidente: com dois ciclistas no topo da geral, a Visma posiciona-se de forma estratégica para controlar os próximos dias da "Corrida para o Sol". No entanto, esta vitória vai além da tática semanal. Representa a 10.ª vitória em contrarrelógios por equipas da estrutura desde os tempos de Rabobank, e confirma uma tradição consolidada de excelência nesta disciplina exigente.

Ao longo das décadas, o contrarrelógio por equipas tem sido parte integrante do ADN da equipa. Desde os tempos em que Tony Martin e Primoz Roglic definiam o ritmo nas Grandes Voltas, até à nova geração, liderada por Jorgenson e Vingegaard, a Visma tem sabido adaptar-se às exigências da alta competição mantendo um foco tático claro: o trabalho de equipa acima de tudo.

Uma das vitórias mais icónicas da formação aconteceu em 2019, na Volta a França, num percurso de 27,6 km em Bruxelas. A equipa dominou com um tempo fulminante, batendo a INEOS Grenadiers de Geraint Thomas e Egan Bernal por 20 segundos. O resultado lançou a equipa para uma edição memorável, com Steven Kruijswijk a terminar no pódio final em Paris.

Mais recentemente, a Vuelta a Espanha de 2022 trouxe nova glória, com uma vitória na primeira etapa contra o relógio. Nessa ocasião, a Visma contou com nomes como Roglic, Dennis e Gesink, mostrando que mesmo com ciclistas diferentes, a fórmula de sucesso permanece: sincronia, potência e controlo total do esforço.

Com esta nova vitória em 2025, a Visma reafirma a sua capacidade de alinhar estratégias de forma precisa, preparar cada detalhe técnico com rigor e executar com uma frieza que poucas equipas conseguem igualar. E se esta prestação for um reflexo do que está para vir, a concorrência terá de estar muito atenta — especialmente nas Grandes Voltas, onde o contrarrelógio coletivo pode voltar a ser um fator determinante.