"Acabaram por se desgastar a eles próprios" - Matxin esfrega sal nas feridas na Visma após vitória na Volta a França

Ciclismo
quinta-feira, 31 julho 2025 a 19:00
TadejPogacar_JonasVingegaard_WoutVanAert
O duelo entre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard voltou a ser o centro das atenções na Volta a França 2025, com a UAE Team Emirates - XRG a superar a Team Visma | Lease a Bike e a garantir a quarta Camisola Amarela da carreira do esloveno. Após uma corrida marcada pelo domínio da Emirates, o chefe de equipa Joxean Matxin não escondeu a satisfação e lançou farpas aos rivais, sublinhando que a estratégia da Visma acabou por ser autodestrutiva.
Ao longo da primeira semana, a Visma tentou impor um ritmo sufocante na frente do pelotão, com o objectivo de desgastar Pogacar antes das grandes montanhas. No entanto, o plano saiu furado: "Na minha opinião, a Visma veio com a ideia de tentar desgastar o Tadej com ataques intermináveis. E, no final, acabaram por se desgastar a eles próprios", analisou Matxin, em entrevista à Velo, após o Tour.Na
Por outro lado, a UAE Team Emirates - XRG optou por uma abordagem mais controlada e defensiva, atacando apenas nos momentos-chave. A tática revelou-se perfeita, com Pogacar a responder a todas as investidas da Visma e a mostrar-se o mais forte nas montanhas. O resultado foi uma performance histórica: cinco vitórias em etapas (quatro para Pogacar e uma para Tim Wellens), a camisola amarela e ainda a camisola às bolinhas. "Fomos quase previsíveis na forma como corremos este Tour, porque só atacámos no momento certo", explicou Matxin. "Por vezes, esta não é a forma mais emocionante de correr, mas é a mais coerente."
Na Emirates, para além das 4 vitórias de Pogacar no Tour tivemos também uma de Tim Wellens
Na Emirates, para além das 4 vitórias de Pogacar no Tour tivemos também uma de Tim Wellens
Mesmo sem arriscar batalhas desnecessárias nas fugas, a Emirates somou resultados consistentes, mostrando um bloco sólido e confiante. Para Matxin, o mais preocupante para os rivais é a sensação de que Pogacar ainda pode melhorar: "No ano passado, acreditámos que ele tinha margem para melhorar. Com a nutrição, com a posição (na bicicleta), fazendo as coisas num ambiente controlado, essas pequenas melhorias aparecem. Estamos a ver agora o Tadej no seu melhor, mas ele ainda pode ser melhor."
O espanhol reconhece, porém, que o pelotão como um todo também evoluiu, apontando o exemplo do Mont Ventoux, onde quatro ciclistas bateram o recorde histórico de subida. Para Matxin, a combinação de melhor treino, tecnologia, nutrição e recuperação tem elevado o nível de todos.
Com este triunfo, Pogacar consolida-se como o ciclista mais dominante da sua geração e deixa a Visma com muitas reflexões para a próxima temporada.
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