Pela primeira vez, a tradicional semana dos 4 Dias de Dunquerque arrancou com uma Clássica disputada na véspera da prova por etapas. A edição inaugural, realizada esta terça-feira, terminou com uma vitória emotiva e simbólica de
Pascal Ackermann, que voltou a erguer os braços após dois anos de jejum competitivo.
Num sprint compacto e bem lançado, o alemão da Israel – Premier Tech bateu nomes fortes como
Biniam Girmay e
Alberto Dainese, selando uma vitória que representa muito mais do que uma linha cortada em primeiro lugar. “Foi um desempenho de equipa fantástico”, elogiou Ackermann no comunicado oficial da equipa. "Ontem, ao ver a startlist, senti que podia ganhar. Hoje, a equipa esteve incrível na frente, e pensei: se estão a correr assim por mim, tenho de estar à altura".
O triunfo marca também um ponto de viragem pessoal para Ackermann, que enfrentou uma sucessão de lesões nos últimos meses e atravessava uma das fases mais difíceis da carreira. "Senti-me muito bem nas subidas e a equipa deu-me toda a confiança. Estou muito feliz por ter terminado, depois de tudo o que passei. Não vencia há dois anos, tive muitos problemas físicos e momentos duros".
Visivelmente emocionado, o sprinter alemão revelou ainda uma motivação extra para o regresso ao sucesso: "Esta semana começou muito bem. O meu irmão e a mulher tiveram gémeos. Parabéns a eles - foi uma boa motivação para recomeçar a minha vida no ciclismo".
Com esta vitória, Pascal Ackermann não só quebra o ciclo negativo, como também ganha embalo para os 4 Dias de Dunquerque, onde poderá voltar a discutir etapas ao sprint, agora com a confiança renovada e o apoio total da sua equipa.