Adam Yates sente a responsabilidade de assumir o vazio deixado por João Almeida na Volta a França: "Ele era uma peça chave no nosso plano"

Ciclismo
segunda-feira, 14 julho 2025 a 15:30
Yates
Apesar de ter mantido o controlo durante as primeiras nove etapas da Volta a França 2025, a UAE Team Emirates - XRG enfrenta agora o primeiro verdadeiro revés da corrida com o abandono de João Almeida. À entrada para o primeiro desafio montanhoso da prova, na etapa 10, a estrutura liderada por Tadej Pogacar vê-se obrigada a reformular os seus planos. Adam Yates, que até aqui desempenhava um papel mais recatado, deverá agora assumir um papel central no apoio ao esloveno nas altas montanhas.
“Quero dizer, sim, torna as coisas um pouco mais difíceis para nós”, reconheceu o britânico em declarações à ITV Sport antes do início da etapa. “Ele era uma peça chave no nosso plano, especialmente nas subidas. Não fizemos muitas subidas até agora, por isso não teria sido mau, mas agora é que começam as subidas. Ele vai ser uma grande perda.”
Com Almeida fora de prova, a UAE terá de redistribuir funções no apoio a Pogacar, especialmente em terreno montanhoso. Yates antecipa uma maior responsabilidade para si próprio, mas também para outros elementos da equipa como Marc Soler e Pavel Sivakov. “Veremos hoje se conseguimos manter tudo sob controlo”, afirmou o ciclista, que já foi terceiro classificado na Volta a França. “Como eu disse, não tivemos nenhuma montanha até agora, tem sido um pouco como manter o equilíbrio das coisas. Gerir quem está a trabalhar, onde e a fazer o quê, mas para mim, pessoalmente, é muito difícil trabalhar nas zonas planas quando estamos a fazer uma média de 50 km/h.”
Apesar de se ter poupado nas primeiras etapas, a ausência de João Almeida obriga agora Yates a acelerar a sua transição para o papel de gregário principal de Pogacar. “Tem sido muito difícil poupar as pernas e a energia, mas espero que numa etapa como a de hoje possa fazer um bom trabalho e ajudar a equipa tanto quanto possível”, acrescentou. “É óbvio que hoje estou a sentir um pouco mais de pressão. Não fiz muito nas primeiras nove etapas de propósito, mas tivemos sempre o João para nos apoiar. Por isso, sim, sinto um pouco mais de pressão, mas vamos dar o nosso melhor e espero que corra tudo bem.”
Com as etapas decisivas por vir e a montanha a começar a ditar seleções naturais, a UAE entra numa nova fase da corrida, mais vulnerável, mas ainda com Pogacar no controlo da corrida. A forma como Yates e companhia responderem à ausência de Almeida poderá ser determinante para o desfecho final.
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