Alaphilippe volta a mostrar o seu melhor nível na Liege-Bastogne-Liege, mas cãibras travam sonho de um grande resultado

Ciclismo
segunda-feira, 28 abril 2025 a 11:45
alaphilippe
Há vários anos que Julian Alaphilippe vinha a ter dificuldades em acompanhar os melhores nas grandes clássicas. Este domingo, na Liege-Bastogne-Liege, o antigo Campeão do Mundo voltou a mostrar sinais do seu melhor nível, mas acabou traído pelas cãibras na fase decisiva da corrida.
Alaphilippe, que já foi segundo classificado em La Doyenne por duas vezes e que em 2020 perdeu uma vitória no risco de meta — primeiro ultrapassado por Primoz Roglic e depois relegado por sprint irregular —, não voltara a ter desempenhos de destaque na clássica desde então, prejudicado por lesões, doenças e falta de forma. Este ano, contudo, o francês voltou a competir de igual para igual num pelotão que hoje voa com uma mudança extra.
"Não me arrependo da forma como corri. Senti-me bem durante todo o dia, mas já estava no meu limite depois de La Redoute", confessou Alaphilippe ao Cyclism'Actu. Integrado no grupo que perseguia Tadej Pogacar, o francês limitou-se a colaborar de forma pontual, tentando recuperar energias após o ataque demolidor do esloveno.
Na subida decisiva da Côte de la Roche-aux-Faucons, as pernas deixaram de responder. "Tentei acompanhar o Ciccone, o Pidcock e o Healy, mas tive cãibras. Não consegui manter-me no grupo, mas não tenho arrependimentos."
Sem forças para segurar uma posição mais honrosa, Alaphilippe acabaria por perder o contacto com o pelotão e concluir a corrida em 58.º lugar. "É claro que fico desiludido por não ter conseguido um bom resultado, ainda mais porque a primeira metade da época está quase a terminar. Mas tenho de ser paciente. Dei tudo o que tinha e corri com alma e coração. Às vezes, simplesmente, as pernas não respondem."
Apesar do desfecho amargo, a primavera do francês ainda não terminou: Alaphilippe estará à partida da Eschborn-Frankfurt, uma corrida de menor dimensão, mas onde poderá ambicionar a vitória. "É encorajador voltar a sentir-me forte. A equipa fez um trabalho fantástico. Mantivemo-nos concentrados, andámos na frente e, no fim, tudo depende sempre das pernas."
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