Alberto Bettiol visitou a unidade de produção de bicicletas da XDS na China: "Eu estava numa cidade, não numa fábrica"

Alberto Bettiol, vencedor da Volta à Flandres de 2019 e vencedor de uma etapa da Volta a Itália em 2021, vai embarcar numa nova e excitante viagem com as cores da XDS Astana Team em 2025. Aos 31 anos e a entrar na sua décima segunda época como ciclista profissional, Bettiol traz uma vasta experiência à equipa cazaque-chinesa, que está a desbravar novos caminhos no desporto ao estabelecer uma parceria com o fabricante chinês de bicicletas XDS.

Numa entrevista ao Il Giornale, Bettiol falou sobre a XDS depois de visitar as suas instalações na China. "Quando visitei a fábrica na China, fiquei espantado", comentou. "Eu estava numa cidade, não numa fábrica. Não tive a sensação de ter entrado numa unidade de produção, mas num mundo novo, feito exclusivamente de bicicletas. Um caminho longo e sem fim que terminava num edifício enorme: a XDS Bikes".

A parceria com a XDS assinalará a primeira vez em que uma marca de bicicletas chinesa será utilizada por uma equipa do World Tour, um marco do qual Bettiol se orgulha de fazer parte. "Estou ciente disso e sinto-me honrado", disse ele. "Quando aceitei a oferta da Astana, sabia que estava a assinar um contrato que me levaria mais longe do que aquilo que tinha visto e experimentado até agora. Já não sou uma criança, esta será a minha décima segunda época como profissional. Sempre corri por equipas americanas. Mas agora estou a vestir uma jersey tricolor, numa equipa cazaque-chinesa e estou orgulhoso disso".

Bettiol prepara-se para uma exigente campanha de primavera, com a Milan-Sanremo e a Volta à Flandres entre os seus principais objectivos. Conhecido pelo seu estilo de corrida instintivo, optou por não usar medidores de potência e não quer ter uma dependência excessiva dos seus dados durante as corridas. "Utilizo-os na fase de preparação, mas quando chega a hora da corrida, tiro tudo e começo a trabalhar com a cabeça", explicou. "Não quero ser influenciado por um smartwatch que me diz se dormi mal. Se me sinto bem, faço o que me apetece. Os números são importantes, mas não são tudo. Se o ciclismo é popular hoje em dia, é porque há autênticos campeões que se deixam levar, sem medo de cometer erros."

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