Antevisão à Classica de Hamburgo 2025: Milan vs Groves ao sprint, Van Aert para a surpresa, Morgado e Emirates sempre à espreita!

No domingo, 17 de agosto, o WorldTour faz escala na Alemanha para mais uma corrida de um dia. A ADAC Cyclassics Hamburg, que ao longo dos anos mudou várias vezes de nome, mantém um percurso que proporciona sempre ação intensa, colocando frente a frente sprinters e especialistas de clássicas.

O traçado terá 207 quilómetros, com o primeiro terço praticamente plano no norte da Alemanha, onde a maioria do pelotão procurará poupar forças. As dificuldades surgem no último terço, que este ano inclui mais 30 quilómetros e algumas subidas adicionais à principal ascensão da jornada, tornando a vida dos sprinters mais complicada.

O ponto-chave volta a ser o Waseberg, a icónica colina íngreme junto ao rio Elba. Com apenas 1 km a 7% de inclinação média, mas rampas que chegam aos 16%, é uma subida explosiva, precedida por uma descida rápida até à base. A luta pela posição será feroz e é inevitável que surjam ataques.

O Waseberg será ultrapassado a 120, 78, 67, 26 e 12 quilómetros da meta. O circuito final em Hamburgo inclui duas passagens decisivas separadas por apenas 14 quilómetros, permitindo táticas agressivas antes de um regresso plano ao centro da cidade e a um potencial sprint.

O final não é particularmente técnico, mas as ruas estreitas nos últimos metros tornam o posicionamento crucial para qualquer velocista com ambições.

Prevê-se um dia soalheiro, com uma ligeira brisa de norte que não deverá influenciar significativamente a corrida.

Historicamente, a Clássica de Hamburgo decide-se ao sprint, mas este ano o percurso endurecido pode abrir espaço para outros cenários. Entre os favoritos estão Jonathan Milan e Kaden Groves, ambos capazes de ultrapassar bem pequenas ascensões e com equipas fortes no apoio final. Arnaud de Lie, Paul Magnier, Iván Cortina e um Wout van Aert em boa forma também poderão disputar a vitória, embora corram o risco de serem marcados em excesso caso se isolem.

Entre os sprinters puros, nomes como Sam Bennett, Jordi Meeus, Phil Bauhaus, Alexander Kristoff, Elia Viviani, Juan Sebastián Molano, Milan Fretin, Stanislaw Aniolkowski, Arnaud Démare e Alberto Dainese terão de resistir ao Waseberg para chegar com hipóteses ao sprint.

Num grupo intermédio, entre sprinters resistentes e homens clássicas com ponta final, encontramos Danny van Poppel, Pascal Ackermann, Biniam Girmay, Max Walscheid, Max Kanter, Mike Teunissen, Tobias Lund Andresen, Paul Penhöet e Bryan Coquard.

O sprint não é garantido. A Emirates apresenta um bloco fortíssimo para endurecer a corrida, com Alessandro Covi, Nils Politt, Jan Christen, Brandon McNulty, Isaac Del Toro e o jovem português António Morgado como joker. Todos eles têm capacidade não só para atacar, mas também para manter uma fuga até à meta.

Homens como Alberto Bettiol e Axel Laurance encaixam perfeitamente no perfil de corrida: explosivos nas subidas curtas, inteligentes taticamente e com bom sprint. Outros nomes perigosos incluem Bastien Tronchon, Laurence Pithie, Matteo Trentin, Marco Haller, Matej Mohoric, Fred Wright, Kasper Asgreen, Davide Ballerini e Jonas Abrahamsen.

*** Jonathan Milan, Paul Magnier, Kaden Groves
** Jan Christen, Arnaud de Lie, Jordi Meeus, Axel Laurance
* Danny van Poppel, Pascal Ackermann, Biniam Girmay, Max Kanter, Tobias Lund Andresen, Wout van Aert, Bryan Coquard, Alberto Dainese, Jonas Abrahamsen, Davide Ballerini, Alberto Bettiol, Matteo Trentin, Isaac del Toro, Brandon McNulty

Escolha: Jonathan Milan

Cenário previsto: Há muitos concorrentes de peso e penso que muitas equipas vão querer atacar, mas acredito que a Lidl-Trek e uma série de equipas aliadas com intenção de levar a corrida a um sprint vão ser bem sucedidas. Num sprint em pelotão compacto será o italiano a levar a vitória.