ANTEVISÃO - Volta a Espanha 17ª Etapa - Fuga ou sprint para um dia com previsão de chuva, vento e com subidas difíceis pela frente

Wout van Aert abandonou a Volta a Espanha, mas a corrida continua. Há um novo camisola verde, Kaden Groves, que é o homem a bater para a etapa 17. Prevemos um dia que será a última oportunidade para os sprinters, mas que, apesar disso, será um dia muito difícil.

No papel, esta é a última oportunidade para os sprinters mas, ao estilo tradicional da Vuelta, terão de subir muito para poderem disputar a vitória. Uma etapa muito curta, com um início em subida que favorece as hipóteses de uma fuga. Na primeira metade do dia, há duas subidas categorizadas para enfrentar antes da corrida final plana até Santander.

Logo no início, 1,4 quilómetros a 8,3%, o que vai tornar difícil o controlo da corrida... Uma etapa com apenas 140 quilómetros, significará que o ritmo deverá ser elevado durante todo o dia e controlar uma fuga não será fácil. Porque depois deste início difícil, há duas subidas que são legitimamente difíceis para todos os padrões. 5,5 quilómetros a 8,5% de pendente média, ficando o topo a 85 quilómetros do final. Depois, mais 7,1 quilómetros a 6,6% que terminam a 71 quilómetros do final.

A partir daí, o percurso torna-se mais suave e o resto da etapa é maioritariamente plano. A parte final do dia não é muito técnico nem muito ondulante, onde será possível fazer uma perseguição organizada após o que poderá ser uma primeira metade do dia potencialmente caótica. O final não é de todo técnico.

É possível que chova e o vento também se fará sentir... tornando-se mais forte quanto mais próximos estiverem da costa. Teremos vento de costas e vento lateral nas primeiras subidas do dia. De uma forma geral será favorável no início do dia, mas de frente no final. No entanto, o percurso apresenta algumas mudanças de direção e o sprint final será feito com vento de frente.

Sprint - Teremos luta entre duas equipas: Alpecin e DSM. Sem Wout van Aert na corrida, há menos uma equipa a tentar controlar este dia, mas estas duas equipas vão continuar a querer vencer. No entanto vão precisar de muita organização para não permitir que um bom grupo entre numa fuga logo no início... Depois, não exagerar nas subidas e em seguida, impor a força e a consistência nas estradas planas para tentar recuperar.

Kaden Groves e Pavel Bittner têm ambos hipóteses de vencer numa chegada ao sprint. A Israel - Premier Tech também pode potencialmente querer ajudar se não conseguir colocar homens na fuga porque têm Corbin Strong. Arne Marit e Pau Miquel também são opções para um final rápido.

Fuga? - Sim, poderá ser bem sucedida. É o último dia para os sprinters e alguns ciclistas certamente esperaram muito por este dia. Mas a partida não é fácil, o tempo não está bom... As duas subidas não podem ser controladas se existirem ataques e a etapa poderá explodir. Alguns ciclistas como Attila Valter, Mauri Vansevenant, Jhonatan Narváez, Mauro Schmid, Harold Tejada, Pablo Castrillo e Brandon McNulty podem olhar especificamente para essas subidas para atacar e formar um grupo.

Para além destes, o início da etapa também pode ver ciclistas como Edoardo Affini, Kasper Asgreen, Mathias Vacek, Marco Frigo, Victor Campenaerts e Stefan Küng atacarem e estes são especialmente perigosos se tiverem uma boa vantagem no final da etapa. Mesmo alguns destes são outsiders se tivermos um sprint de grupo, tendo em consideração o campo de sprinters que estão presentes.

*** Kaden Groves
** Pavel Bittner, Corbin Strong
* Edoardo Affini, Jhonatan Narváez, Kasper Asgreen, Mathias Vacek, Marco Frigo, Victor Campenaerts, Stefan Küng, Mauro Schmid

Escolha: Mathias Vacek