2024 foi uma época dominada pela UAE Team Emirates e por Tadej Pogacar. No entanto, na opinião de um antigo vencedor da Volta à França, por muito brilhantes que o esloveno e os seus companheiros de equipa tenham estado nos últimos doze meses, os rivais de Pogacar no pelotão poderiam estar fazer melhores resultados.
"Podiam ser inteligentes e criativos", explica o vencedor da Volta a França de 1996 e compatriota de Jonas Vingegaard, Bjarne Riis, no podcast Cafe Eddy. "Se enfrentamos alguém que é mais forte do que nós, a única forma que temos de o vencer é pensando de forma inteligente. Tens de ser mais inteligente do que os outros."
No entanto, de acordo com Riis, ninguém faz uso da criatividade quando se trata de enfrentar Tadej Pogacar. "Todos se queixam em vez de pensarem estrategicamente", lamenta o dinamarquês de 60 anos. "Quando olho para o ecrã da televisão, vejo que no ciclismo ninguém pensa de forma estratégica. Queixam-se sempre de que os outros estão a andar demasiado rápido. Bem, então façam alguma coisa".
Depois de uma carreira brilhante como ciclista, que incluiu a já mencionada vitória na Volta à França em 1996, Riis dedicou-se à carreira de diretor desportivo. Apesar das suas frustrações relativamente ao pelotão do ciclismo moderno, o dinamarquês não faz intenções de voltar a entrar num carro de uma equipa para fazer essa mudança. "Penso que encontrei demasiadas resistências no meu caminho em relação à minha filosofia. Não quero comprometer isso", explica. "Tenho uma filosofia clara sobre como treinar e como gerir uma equipa de ciclismo e como as coisas devem ser feitas. Porque é que hei-de ficar a discutir isso? O Patrick Lefevere disse-me: 'Bem Bjarne, o ciclismo é diferente hoje em dia'. Não é. Não acredito nisso".
What a fightback from Vingegaard 💪
— Velon CC (@VelonCC) December 10, 2024
Happy 28th birthday to Jonas Vingegaard, who looked beaten on Tour de France Stage 11 but dug deep to secure victory over Tadej Pogačar. pic.twitter.com/qbnB3CeIC5