Ao fim de 3 anos, Jasper Philipsen fica fora do pódio em Roubaix: "Esta é uma corrida em que tudo é posto a nu. Fiquei vazio"

Ciclismo
domingo, 13 abril 2025 a 19:00
jasperphilipsen
Depois de dois segundos lugares consecutivos em 2023 e 2024, Jasper Philipsen partia para a edição de 2025 da Paris-Roubaix como um dos principais candidatos ao pódio. No entanto, o belga da Alpecin-Deceuninck teve um dia turbulento nos paralelos e acabou por cruzar a meta no 11.º lugar, a mais de quatro minutos e meio do seu colega de equipa e vencedor da corrida, Mathieu van der Poel.
Os sinais de que o dia não seria fácil surgiram logo cedo. Philipsen esteve entre os nomes sonantes apanhados numa queda no primeiro sector empedrado, ficando desde logo marcado. “Foi uma situação de merda”, admitiu com franqueza ao Sporza. “Consegui voltar à frente da corrida para o lado dos melhores, mas a partir daí foi uma questão de tentar resistir.”
Contra todas as expectativas, o sprinter belga conseguiu recuperar e integrou mesmo o trio da frente, ao lado de Van der Poel e Tadej Pogacar, um grupo que parecia destinado a decidir os lugares no pódio. Mas o ritmo imposto por Pogacar acabaria por se revelar demasiado alto e à medida que a intensidade aumentava, Philipsen acabaria por ceder e foi perdendo terreno de forma irremediável.
“Depois da queda comecei a sentir dores nas costas, e com aqueles dois lá na frente, fui ficando cada vez mais vazio”, confessou. “Quando atacavam, eu não os conseguia seguir. Eu não era o mais forte do grupo e isso ficou claro.”
Apesar da frustração, Philipsen foi realista na análise: “Esta é uma corrida em que tudo é posto a nu. Os mais fortes chegam à frente. Estou contente por ter estado na disputa, mas contra aqueles campeões, não fui suficientemente bom.”
Sobre o cenário da corrida, deixou ainda uma reflexão final: “Com um grupo maior, talvez pudesse ter conservado mais energia, mas no fim acabou por ser uma luta pura. E nessa luta, não consegui responder.”
Philipsen deixa Roubaix sem o pódio, mas com mais uma demonstração de combatividade num dos dias mais duros do calendário. E com Van der Poel como referência na própria equipa, o belga sabe que a linha entre a glória e o sofrimento é bastante fina.
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