A sexta etapa do
Critérium du Dauphiné revelou-se um verdadeiro barómetro da forma entre os principais candidatos à Volta a França, mas também uma jornada de orgulho para o ciclismo francês. Embora a vitória não tenha sorrido a um atleta da casa, a presença de três franceses no top-10 de uma etapa de montanha volta a acender a chama da esperança nacional. Entre eles destacou-se o jovem
Paul Seixas, que parece confirmar o seu estatuto de maior promessa para as etapas de montanha em França, ao afirmar-se entre os melhores no exigente final em Combloux.
“Sinceramente, senti-me muito bem”, afirmou Seixas logo após a chegada. A subida à Côte de Domancy e o final explosivo em Combloux não perdoaram fraquezas, mas o jovem de apenas 18 anos respondeu com sangue-frio, apoiado num trabalho sólido da sua equipa. “Estivemos bem posicionados durante todo o dia. Consegui agarrar-me ao grupo certo na Côte de Mont-Saxonnex e guardar um pouco de energia para o final. Na última subida, foi tudo uma questão de pedalar.”
Foi precisamente nessa fase decisiva que a
UAE Team Emirates - XRG de
Tadej Pogacar impôs um ritmo demolidor. “Estavam a subir muito rápido…”, comentou Seixas.
“Subi um pouco ao meu próprio ritmo. Comecei um pouco depressa demais em Domancy, mas depois disso consegui gerir bem as coisas. Aguentei-me mentalmente até ao final. A etapa era montanhosa e convinha-me bastante. Foi uma etapa curta, o que foi bom para mim.”
O resultado catapulta Paul Seixas para o oitavo lugar da classificação geral a apenas dois dias do fim da prova, um feito notável para quem faz a sua primeira grande aparição ao mais alto nível do World Tour. Com mais uma etapa de montanha pela frente, o jovem francês prefere manter os pés na terra: “Espero que amanhã corra tão bem como hoje. Vai ser diferente, vou aguentar-me como hoje e vamos ver o que acontece.”
No final fica a lição de alguém que está a crescer em cada curva da montanha: “O que estou a aprender por estar com os melhores? Que é muito difícil e que o nível é extremamente consistente e alto. É só isso. Estou a descobrir o nível dos melhores, o que é bom.”