Axel Zingle, da Cofidis, no socorro a um colega no GP La Marseillaise: "Estava quase sempre em convulsões, deitado de costas e com a boca cheia de sangue"

Ciclismo
quarta-feira, 21 fevereiro 2024 a 18:00
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Axel Zingle era um dos principais favoritos no Grande Prémio La Marseillaise, mas não completou a prova. A queda na descida da Route des Crêtes e a assistência que prestou ao colega Yaël Joalland, do CIC U Nantes Atlantique, pode ter-lhe salvo a vida.
"Depois da queda, demorei algum tempo a recuperar os sentidos. Mas quando vi o Yaël, ele não parecia estar consciente. Estava quase sempre em convulsões, deitado de costas e com a boca cheia de sangue", disse Zingle em declarações ao DirectVelo. "Vi que ele já não conseguia respirar. Percebi que ele tinha batido com a cabeça com força. Tive muito medo por ele, podia ter morrido. Já houve muitas quedas, mas esta... Fiquei com ele até chegar um médico. Foi difícil porque ele é meu amigo. Mesmo que eu tivesse ajudado toda a gente que lá estava".
A cena brutal da queda fez com que Zingle permanecesse no local e prestasse apoio ao jovem de 23 anos antes de chegar a assistência médica para ambos. Joalland sofreu fracturas faciais e nas vértebras na corrida em que liderava a equipa continental francesa, mas teve a sorte de não ter tido um destino bem pior nesse dia
"Perdi a consciência. Não me lembro desta queda e dos momentos que se seguiram. A última imagem que recordo é a do cimo das Crêtes. Depois acordei no hospital de Marselha. Mas sei o que o Axel fez por mim. Felizmente, ele estava lá. Pode ter-me salvo a vida", diz Joalland emocionado.
Ambos deram uma visão, mas a do último torna compreensível a gravidade do acidente... "Perdi cinco quilos desde a queda, e já estava magro. Mas quero voltar ao ciclismo", partilha. "Regressar a casa, para junto da minha namorada e do meu cão, seria muito bom, mas acho que um dia voltarei a andar de bicicleta."

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