Ben Healy vai dar tudo para defender a Camisola Amarela na etapa 12 do Tour: "Se não acreditasse em mim não estaria aqui"

Ben Healy tem sido uma das figuras mais cativantes da primeira metade da Volta a França de 2025. O irlandês da EF Education-EasyPost vestiu a Camisola Amarela com garra, atacou quando menos se esperava e surpreendeu o pelotão com inteligência e audácia. Mas, na 12.ª etapa, com a chegada ao alto do Hautacam e a primeira grande incursão aos Pirenéus, o desafio atinge outra dimensão e Healy terá de realizar a melhor prestação da sua carreira se quiser conservar o símbolo máximo da liderança.

Antes da partida para este dia crucial, Healy falou à ITV Sport com a franqueza que já o caracteriza. Com o habitual sorriso, o irlandês admitiu que o plano era mesmo tentar ganhar segundos onde possível. “Sim, ontem tentamos ir para a frente. Temos de tirar toda a vantagem possível ao Tadej,” explicou, referindo-se à tentativa de se juntar à fuga na 11.ª etapa.

“Hoje vai ser muito diferente para mim. Tenho de manter a calma, seguir ao meu próprio ritmo e chegar à meta o mais rápido possível... para mim. Se terminar a 29 segundos do Tadej, serei um homem feliz.”

Sabendo o que o espera, Healy não esconde o respeito pelo percurso. “Não posso esperar milagres. Vai ser duro desde o início. São duas montanhas e isso transforma tudo numa guerra de atrito. Já subi o Hautacam antes e sei bem que é uma subida dura. Mas esta é a Volta a França, aqui sobe-se muito mais rápido do que em qualquer outro lugar.”

Apesar da magnitude do desafio, o jovem irlandês mantém a confiança. A experiência acumulada neste Tour, aliada à forma demonstrada nos primeiros dias, reforça o seu otimismo realista. “Tenho de o fazer, não tenho? Sou ciclista. E se não acreditasse em mim, não estaria aqui.”

Com Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard à espreita e os quilómetros de alta montanha a aumentar, Healy entra na etapa 12 ciente de que cada segundo conta. E se conseguir limitar as perdas e manter-se próximo dos grandes nomes da geral, continuará a escrever uma das histórias mais inesperadas desta Volta a França.