Ben O'Connor não gosta da chamada "progressão lenta" para a Volta a Itália

Ben O'Connor esperava terminar no pódio final do Tirreno-Adriatico ao lado de Jonas Vingegaard. Mas não era para ser para o ciclista da Decathlon AG2R La Mondiale, pois não só Vingegaard, mas também Juan Ayuso, Jai Hindley e até o jovem Isaac Del Toro estavam fora do alcance de O'Connor esta semana. O australiano não está incomodado com o 5º lugar, pois o seu principal objetivo continua a ser o Giro d'Italia.

"Foi incrível o que Jonas fez ontem. Fiz o melhor que pude, tentei segui-lo durante algum tempo, mas foi uma tentativa inútil", disse O'Connor ao Cyclingnews. "Hoje pedalei a pensar no pódio, mas não resultou."

"Se o objetivo é o Giro, temos de ser bons desde o início da época. Penso que a única pessoa que consegue fazer uma progressão lenta é Geraint Thomas, todos os outros tentam ser bons desde o início", explicou o australiano. "Não estou a fazer muitas corridas, mas quero estar bem em todas as corridas que faço. É importante ter um bom desempenho e estar ao meu nível".

"Se estiver saudável, penso que posso ganhar corridas e estar consistentemente entre os cinco primeiros em corridas como a Tirreno-Adriatico. Se só atingir o pico para o Giro, vou perder oportunidades e também há muitos riscos numa progressão lenta. Se me despistar no Giro na segunda etapa, a minha corrida pode terminar e terei desperdiçado meia época. Penso que é possível manter um bom nível durante todo o ano e depois esperar atingir o pico durante uma Grande Volta. É esse o meu plano".