Mathieu van der Poel reforçou no passado domingo o seu domínio absoluto nas corridas empedradas, ao conquistar a sua terceira vitória consecutiva na Paris-Roubaix. A exibição a solo valeu-lhe não só mais uma entrada triunfal no velódromo de Roubaix, mas também a igualdade com o lendário
Fabian Cancellara no número de triunfos no “Inferno do Norte”.
Em declarações ao Sporza, Cancellara não escondeu a admiração pela performance do ciclista da Alpecin-Deceuninck: “Ele foi o merecido vencedor. A queda de Tadej Pogacar foi lamentável, mas no final, Mathieu provou que era o mais forte.”
Com bom humor, o antigo campeão suíço acrescentou: “Ele vai ter de pagar o jantar de todos os triplos – ou mais – vencedores. É claro que está a ficar mais difícil com a nova geração que está a surgir, mas Mathieu continua a ser o ciclista do momento. É o legítimo rei das clássicas. Tudo o que posso dizer é: chapeau.”
Curiosamente, entre os principais protagonistas da corrida, Cancellara destacou o esforço de Wout van Aert. O belga da Team Visma | Lease a Bike atravessou uma primavera atribulada, mas ainda assim conseguiu igualar o seu resultado da Flandres, com novo 4.º lugar em Roubaix.
“Mais do que o Pogacar ou o Van der Poel – que mais uma vez fizeram o que sempre fazem – eu estava a observar o Wout de perto”, explicou Cancellara. “Todo o país o observa e as expectativas são enormes, mas fiquei contente por o ver ainda lá em cima no final. Sei como é essa situação, e foi ótimo vê-lo continuar a lutar e nunca desistir.”
Numa edição marcada por azares, ataques precoces e drama nos paralelos, a Paris-Roubaix 2025 voltou a oferecer uma narrativa digna da sua reputação mítica — com Mathieu van der Poel a escrever mais um capítulo da sua lenda.