Carlos Verona explica a sua frustração na negociação com a INEOS: "Decidi aceitar, não sei o que aconteceu depois, apenas que fiquei novamente no mercado".

Ciclismo
quinta-feira, 02 novembro 2023 a 11:00
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Depois de uma época dececionante, em que não brilhou em nenhuma das provas em que participou, Carlos Verona acabou por assinar pela Lidl-Trek, depois de ter recusado a proposta de renovação da Movistar Team, uma vez que a INEOS Grenadiers recusou a sua contratação, apesar de lhe ter proposto um contrato anteriormente.
O espanhol explicou o seu complicado 2023 à Marca numa entrevista durante o último Criterium de Madrid:
"Este ano quis mudar o calendário com outra coisa, algo alternativo. Pedi o Giro e foi-me concedido. Também sabia no início do ano que ia mudar de equipa. São etapas e penso que era a minha vez de mudar, como já aconteceu no passado com outras equipas. Fui ao Giro e depois quis preparar-me para o Tour".
Diz que o magoou ter ficado de fora da Volta a França e que não correu a Vuelta:
"O Eusébio disse-me que não podia garantir o meu lugar. Depois do Giro, fiz altitude e fui para o Campeonato Nacional. Eusébio disse-me que eu não ia participar. Fiquei magoado, mas compreendi. Havia companheiros de equipa que se tinham preparado muito bem para o Tour. Pediram-me para descansar e preparar-me para a Vuelta. E foi o que fiz. Fiquei magoado porque tinha feito um grande esforço para estar em França, mas acabei por não poder estar nem no Tour nem na Vuelta".
Explica as razões que o levaram a não participar na Grande Volta espanhola:
"Depois de Burgos senti uma dor cervical, pensei que fosse algo postural. Mas não era. A equipa quis ser cautelosa. A equipa quis ser cautelosa. Penso que poderia ter entrado na corrida, mas a decisão foi da equipa. Decidiram deixar-me em casa e levar o Imanol [Erviti]. Fiquei muito zangado, mas era uma questão de saúde. Algumas pessoas pensam que foi um castigo, mas não é nada disso. Vou-me embora com uma relação incrível com a Movistar. Depois daqui, em Madrid, vou almoçar com o Eusébio. Foram cinco anos muito bons e não posso ter más palavras para ele. O final não é aquele que eu gostaria de ter tido, mas o destino não quis que eu fosse a essas corridas".
ESCOLHA FRAUSTRADA DA INEOS
"Foi um pouco estranho, para ser sincero. Tinha uma proposta muito boa para três anos. Queria mudar de ares. A Ineos era uma das opções, a mais forte. Decidi aceitar. A partir daí, não sei o que aconteceu, só sei que voltei ao mercado no final de junho. Com muitos orçamentos fechados e com equipas sem espaço. O Unzué voltou a abrir-me as portas, algo que tenho de lhe agradecer depois de cinco meses em que pensei que estava fora. E fê-lo com boas condições. Mas eu queria mudar".
LIDL-TREK
"Esta estrutura era uma das minhas prioridades. De facto, falei com eles em fevereiro, mas nessa altura ainda não tinham a realidade do novo patrocinador (Lidl). Tivemos de esperar. Depois decidi bater-lhes à porta, que era o meu espinho, e após várias conversas com Josu Larrazabal tudo se resolveu. Foi o destino. O plano em princípio era um, saiu outro, mas hoje estou muito contente com o resultado".

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