Carlos Verona explica a sua frustração na negociação com a INEOS: "Decidi aceitar, não sei o que aconteceu depois, apenas que fiquei novamente no mercado".

Depois de uma época dececionante, em que não brilhou em nenhuma das provas em que participou, Carlos Verona acabou por assinar pela Lidl-Trek, depois de ter recusado a proposta de renovação da Movistar Team, uma vez que a INEOS Grenadiers recusou a sua contratação, apesar de lhe ter proposto um contrato anteriormente.

O espanhol explicou o seu complicado 2023 à Marca numa entrevista durante o último Criterium de Madrid:

"Este ano quis mudar o calendário com outra coisa, algo alternativo. Pedi o Giro e foi-me concedido. Também sabia no início do ano que ia mudar de equipa. São etapas e penso que era a minha vez de mudar, como já aconteceu no passado com outras equipas. Fui ao Giro e depois quis preparar-me para o Tour".

Diz que o magoou ter ficado de fora da Volta a França e que não correu a Vuelta:

"O Eusébio disse-me que não podia garantir o meu lugar. Depois do Giro, fiz altitude e fui para o Campeonato Nacional. Eusébio disse-me que eu não ia participar. Fiquei magoado, mas compreendi. Havia companheiros de equipa que se tinham preparado muito bem para o Tour. Pediram-me para descansar e preparar-me para a Vuelta. E foi o que fiz. Fiquei magoado porque tinha feito um grande esforço para estar em França, mas acabei por não poder estar nem no Tour nem na Vuelta".

Explica as razões que o levaram a não participar na Grande Volta espanhola:

"Depois de Burgos senti uma dor cervical, pensei que fosse algo postural. Mas não era. A equipa quis ser cautelosa. A equipa quis ser cautelosa. Penso que poderia ter entrado na corrida, mas a decisão foi da equipa. Decidiram deixar-me em casa e levar o Imanol [Erviti]. Fiquei muito zangado, mas era uma questão de saúde. Algumas pessoas pensam que foi um castigo, mas não é nada disso. Vou-me embora com uma relação incrível com a Movistar. Depois daqui, em Madrid, vou almoçar com o Eusébio. Foram cinco anos muito bons e não posso ter más palavras para ele. O final não é aquele que eu gostaria de ter tido, mas o destino não quis que eu fosse a essas corridas".

ESCOLHA FRAUSTRADA DA INEOS

"Foi um pouco estranho, para ser sincero. Tinha uma proposta muito boa para três anos. Queria mudar de ares. A Ineos era uma das opções, a mais forte. Decidi aceitar. A partir daí, não sei o que aconteceu, só sei que voltei ao mercado no final de junho. Com muitos orçamentos fechados e com equipas sem espaço. O Unzué voltou a abrir-me as portas, algo que tenho de lhe agradecer depois de cinco meses em que pensei que estava fora. E fê-lo com boas condições. Mas eu queria mudar".

LIDL-TREK

"Esta estrutura era uma das minhas prioridades. De facto, falei com eles em fevereiro, mas nessa altura ainda não tinham a realidade do novo patrocinador (Lidl). Tivemos de esperar. Depois decidi bater-lhes à porta, que era o meu espinho, e após várias conversas com Josu Larrazabal tudo se resolveu. Foi o destino. O plano em princípio era um, saiu outro, mas hoje estou muito contente com o resultado".

Place comments

666

0 Comments

More comments

You are currently seeing only the comments you are notified about, if you want to see all comments from this post, click the button below.

Show all comments