"Chegar a Paris e levar para casa a camisola verde foi emocionante" Jonathan Milan reflecte sobre a sua impressionante estreia na Volta a França

Ciclismo
quinta-feira, 02 outubro 2025 a 18:00
JonathanMilan
A estreia de Jonathan Milan na Volta a França de 2025 ficará gravada na memória do sprinter italiano. Aos 25 anos, o corredor da Lidl-Trek conquistou a Camisola Verde da classificação por pontos, coroando três semanas de consistência, resiliência e espírito coletivo.
Em entrevista à Bici.Pro, Milan descreveu a sensação única de subir ao pódio final em Paris com a camisola verde. “Antes de começar, imagina-se tudo, estuda-se cada pormenor. Depois treinamos durante semanas com um pensamento em mente. Chegar a Paris e poder dizer que levamos para casa a camisola verde, é algo muito especial.”
Mais do que triunfos nos sprints em pelotão compacto, a conquista refletiu a capacidade de resistir às dificuldades de fazer uma Grande Volta. “Estou consciente da força da equipa que tive ao meu lado. Nunca deixarei de lhes agradecer a forma como me apoiaram, especialmente nos momentos difíceis. Houve subidas duras, fases agitadas da corrida, coisas que nem sempre se vêem na televisão, mas os rapazes fizeram um trabalho incrível.”
O italiano sublinhou ainda que a experiência, mais do que os resultados, foi o que lhe deu energia ao longo das três semanas. “Diverti-me muito e acho que isso me ajudou a atingir o objetivo. Foi profundamente gratificante viver o Tour desta forma.”

Reencontro com a vitória e contratempo na reta final

Após uma breve pausa, Milan regressou à competição em Hamburgo e na Volta à Alemanha, onde mostrou sinais de boa forma física, embora não tenha obtido vitórias. O reencontro com o êxito chegou em setembro, no Kampioenschap Van Vlaanderen, superando nomes como Dylan Groenewegen e Tim Merlier. “Os números nos treinos eram bons, só faltava a vitória. Em Koolskamp senti-me em grande forma e foi uma recompensa justa.”
Contudo, a época também trouxe contratempos, com uma doença a afectar o seu desempenho nas provas belgas seguintes. “Começámos bem, mas depois não me sentia em condições. Na última corrida cheguei mesmo a ficar com gripe.”
Apesar dos altos e baixos, Milan faz um balanço extremamente positivo da temporada. “Foi um ano em que aprendi muito sobre como gerir grandes compromissos, como a preparação para o Tour. Mas acima de tudo, diverti-me imenso. Partilhámos tantos momentos fantásticos como equipa.”
O italiano prepara agora o último bloco competitivo no Japão, antes de encerrar um ano que o consolidou como referência entre os sprinters do WorldTour.

Olhar para 2026: estrada e pista

As ambições de Milan não ficam apenas pela estrada. Em contacto com o selecionador nacional Dino Salvoldi, o campeão de Italiano planeia regressar à pista em 2026. “Já falámos algumas vezes. Vamos definir as coisas em breve, mas de certeza que vou voltar a treinar na pista para o ano.”
Por agora, as memórias do mês de julho continuam em mente. “Chegar a Paris e trazer para casa a camisola verde foi incrivelmente emocionante. É algo que nunca irei esquecer.”
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