Não é segredo que Chris Froome não está a atingir o nível que tinha quando ganhou sete Grandes Voltas em sete anos, entre 2011 e 2018. No entanto, o britânico não se deixa abater por isso, optando por se concentrar na sorte que tem por ainda estar no pelotão profissional.
"Impeço-me de ficar desiludido ou de ter uma mentalidade negativa por não ser capaz de encontrar a minha condição anterior, porque posso lembrar-me da sorte que tenho", disse o atleta de 39 anos, que está atualmente a correr no Critérium du Dauphiné e que pretende aumentar as suas esperanças de regressar à Volta a França, em conversa com o Velo. "Basicamente, ainda posso fazer o que gosto de fazer".
Além da paternidade, a maior razão pela qual Froome não está mais no nível em que pode competir por vitórias é a queda que sofreu em 2019 ao fazer o reconhecimento de um contrarrelógio do Critérium du Dauphiné. A gravidade do incidente não foi brincadeira, pois Froome escapou com sorte apenas com vários ossos quebrados e não com uma lesão que lhe colocasse a carreira ou a vida em causa, como se chegou a temer.
"Sempre que me lembro disso, sinto-me grato por estar aqui a correr, a fazer o que adoro. Aquele acidente poderia acabado a carreira de muita gente", reflete Froome sobre o terrível incidente, enquanto se prepara para mais um contrarrelógio do Critérium du Dauphiné, na etapa 4 da edição de 2024.
"É claro que ainda não atingi o nível em que estava antes. Mas estou incrivelmente grato por ter tido esta oportunidade", continua o tricampeão da prova de preparação para o Tour. "Penso que se continuasse a ter problemas médicos e a sentir dores, a história seria muito diferente. Não tenho dores, sou capaz de trabalhar arduamente e fazer o meu trabalho. Isso é motivador para mim".
No entanto, a grande questão mantém-se: será que um regresso à Volta a França está previsto para o final deste mês? "Passei muito tempo em altitude, pelo que espero que isso me tenha colocado em boa posição. Vamos descobrir no final desta semana."