Christophe Laporte fora da lista de pré-selecionados para a Volta a França 2025: "Ainda não está a 100%"

Ciclismo
sábado, 24 maio 2025 a 00:30
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A temporada de 2025 está a ser um verdadeiro pesadelo para Christophe Laporte. O francês, campeão europeu em 2022 e peça-chave nas campanhas da Team Visma | Lease a Bike nas Clássicas e na Volta a França, ainda não fez qualquer corrida este ano — e, agora, foi oficialmente retirado da pré-seleção da equipa para o Tour. O seu regresso à competição continua envolto em incerteza, com progressos descritos como "muito, muito lentos".
"Infelizmente, está de baixa há algum tempo, já falhou toda a campanha das Clássicas e não estará apto para o Tour", afirmou Grischa Niermann, diretor desportivo da equipa, ao L'Équipe.
Segundo o próprio Niermann, Laporte não se encontra presente no estágio da equipa na Serra Nevada, onde Jonas Vingegaard e companhia preparam a Grande Boucle. Desde abril, quando partilhou nas redes sociais que estava "lentamente, mas finalmente de volta à bicicleta", pouco ou nada mudou. O regresso desejado foi novamente adiado.
"Está a melhorar muito, muito lentamente. Está a levar muito mais tempo do que gostaríamos — e do que ele gostaria", confessou Niermann, descrevendo um cenário onde a paciência é a única aliada.

Uma ausência sentida

A ausência de Laporte representa um duro golpe tático para a Visma, especialmente em etapas onduladas e finais explosivos onde o francês é especialista. Além de ser um dos mais consistentes ciclistas do pelotão em terrenos mistos, Laporte tem sido um dos principais escudeiros de Wout van Aert nas Clássicas e de Jonas Vingegaard na Volta a França — além de ser capaz de vencer por mérito próprio.
Com vitórias em Gent-Wevelgem, Paris–Camembert, uma etapa no Tour, além do título europeu, Laporte afirmou-se como um dos ciclistas mais valiosos do World Tour. A sua ausência forçará a Visma a adaptar os seus planos, sobretudo se Wout van Aert voltar a apontar à luta por etapas em 2025, após uma primavera marcada por dificuldades e um Giro onde mostrou sinais de recuperação.

Incógnita prolongada

O que torna o caso de Laporte particularmente preocupante é a natureza indefinida do problema físico que o afasta da competição. Nem a equipa, nem o ciclista, quiseram especificar a origem da lesão ou condição. Em março, o próprio Laporte referia:
"O que é frustrante é que não podemos prever quanto tempo vai demorar. Isso torna as coisas mentalmente difíceis."
Para um ciclista cujo calendário normalmente gira em torno da Paris-Nice, da campanha de Clássicas do norte e da Volta a França, perder as três maiores fases da temporada representa um vazio profundo. Resta agora perceber se Laporte conseguirá regressar para a Vuelta a España, ou se o foco já se desloca para 2026.

Impacto na Visma e no mercado

Além da componente desportiva, esta paragem prolongada pode ter implicações contratuais e estratégicas. A Visma está num momento de transição, com lesões a afetar vários líderes — incluindo Vingegaard e Kooij — e com incertezas sobre o seu domínio habitual.
Com a possível entrada de novos patrocinadores em 2026 e a constante procura por reforços (como o alegado interesse em Enric Mas ou jovens talentos), o futuro de Laporte no projeto poderá também passar por redefinição.

Conclusão

Laporte, de 31 anos, enfrenta uma das fases mais delicadas da sua carreira. Ainda sem calendário de regresso, fora do Tour e ausente de competição em 2025, o francês entra numa espiral de indefinição que o poderá afastar das grandes decisões da temporada.
A Visma perde uma das suas armas mais versáteis. E o pelotão, uma das suas figuras mais respeitadas. A esperança é que este seja apenas um contratempo — e que o regresso de Laporte aconteça ainda antes do fim do ano.
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