Cofidis procura desesperadamente marcar pontos na Volta a Espanha, apostando num bloco experiente e com provas dadas

Ciclismo
terça-feira, 19 agosto 2025 a 13:57
coquard
Embebidos na luta pela manutenção, 2025 viu a Cofidis mergulhar abaixo da linha vermelha do ranking e com mais de 1000 pontos para recuperar, de modo a evitar a descida ao escalão pro-team, onde pertenceu até 2019, inclusive. A Volta a Espanha tem sido terreno fértil em vitórias para a equipa francesa, são 20 no total, as últimas 3 por um só ciclista: Jesús Herrada. O espanhol está presente, mas vamos conhecer os restantes eleitos.

Estatísticas da Cofidis em 2025

8 vitórias, 26 pódios, 93 top 10, 19º lugar no ranking UCI 2023-2025

Alinhamento da Cofidis para a Volta a Espanha 2025

Simon Carr
Stanislaw Aniolkowski
Jesús Herrada
Oliver Knight
Paul Ourselin
Sergio Samitier
Começamos por Herrada, o espanhol entrou a frio na temporada, mas começou a melhorar a partir de maio e daí para cá, somou 5 top 10, incluindo um 2º lugar, chega, por isso, numa forma bastante razoável e nunca se pode descartar na Vuelta, tem muitas etapas de média montanha a seu jeito, pode não ter as pernas de outros tempos, mas tem a experiência e a inteligência.
Coquard abandonou o Tour apenas com um top 10 e agora vem para aqui tentar remediar a sua temporada, dada a pouca concorrência no sprint, acredito que fará alguns top 10 e pode tentar "fazer comichão" a Mads Pedersen na luta pela verde, um cenário que se imagina tremendamente difícil.
Carr e Buchmann são os trepadores presentes, ambos chegaram este ano à equipa, mas têm estado uns furos abaixo do nível que realmente valem. O alemão esteve no Tour, chegou a pensar-se que, em circunstâncias especiais, podia colocar-se na luta pelo top 10, mas terminou longe, em 30º, e nem conseguiu lutar por nenhuma etapa, nesta Vuelta, espero que, pelo menos, arrisque mais, tente fugas, porque não há diferença entre fazer 25º ou 30º ou 40º na geral. O britânico esteve lesionado muito tempo, só regressou em junho, na Route d'Occitanie, e precisa, obviamente, de dias de competição e quem sabe possa aparecer na segunda metade da Vuelta.
Knight foi uma surpresa agradável na Volta à Valónia, ganhou uma etapa e foi 3º na geral, dando-se a conhecer ao mundo do ciclismo, como um puncher. Aqui, fará a sua estreia em grandes voltas, tenho curiosidade para o ver nas jornadas de média montanha.
Aniolkowski é a outra opção para o sprint, não me admirava que sprintasse ele e Coquard, cada um por si, para tentar angariar mais pontos, foi uma estratégia que já vimos algumas vezes e pode ser benéfica. Ourselin e Samitier são ciclistas de trabalho na média montanha, estarão aqui essencialmente para perseguir fugas e proteger os seus líderes.
Original: Miguel Marques
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