"É mais agradável não usar o nome" - Jakob Fuglsang aliviado por terminar a ligação com a Israel - Premier Tech

Ciclismo
terça-feira, 19 agosto 2025 a 14:00
jakobfuglsang
Jakob Fuglsang falou de forma aberta sobre o alívio que sente ao afastar-se da Israel – Premier Tech, depois de ter colocado ponto final na sua carreira profissional no início deste mês.
O dinamarquês, de 40 anos, encerrou mais de uma década no pelotão no último domingo, no Critérium de Frederiksberg, prova simbólica onde se despediu da estrada. Ao refletir sobre os últimos anos na equipa israelita, Fuglsang reconheceu o peso de estar associado a uma formação que, em várias ocasiões, esteve no centro de debates políticos alargados.
"É definitivamente mais agradável não o usar", admitiu ao Ekstra Bladet, referindo-se ao equipamento da Israel - Premier Tech. "Não me quero envolver em questões políticas, mas é claramente mais confortável andar por aí sem o logótipo de Israel do que com ele."
Apesar de nunca se ter pronunciado politicamente durante a carreira, as palavras de Fuglsang deixam transparecer algum desconforto com o escrutínio público que a equipa enfrentou, sobretudo devido às tensões no Médio Oriente.
Durante a Volta a Itália 2025, vários protestos pró-palestinianos marcaram presença ao longo do percurso, coincidindo com a participação da equipa. No entanto, o dinamarquês garante que nunca sentiu impacto direto dessas manifestações. "Na verdade, não vi nada. Quer Israel ou a Premier Tech estivessem ou não na linha de partida, os protestos teriam provavelmente ocorrido de qualquer forma", comentou. "Também se assiste a protestos climáticos durante a Volta a França. São eventos importantes que atraem muita atenção da comunicação social. Dito isto, é melhor correr sem [o logótipo]."
Fuglsang correu pela Israel nos últimos quatro anos da sua carreira
Fuglsang correu pela Israel nos últimos quatro anos da sua carreira

Uma carreira marcada pela consistência

Fuglsang representou a Israel - Premier Tech durante os últimos quatro anos da carreira, período em que a equipa viveu altos e baixos, mas que agora se prepara para regressar ao World Tour em 2026.
O projeto, liderado pelo empresário e filantropo canadiano-israelita Sylvan Adams, tem assumido um papel de diplomacia desportiva, mas também esteve frequentemente exposto a manifestações políticas. Adams, figura proeminente no desporto israelita e recentemente eleito presidente do Congresso Judaico Mundial, tem utilizado a equipa como plataforma internacional de visibilidade.
Para Fuglsang, esse caminho já pertence ao passado. Profissional desde 2009, despede-se com um palmarés notável que inclui vitórias em clássicas de prestígio como a Liège-Bastogne-Liège (2019), pódios em provas por etapas, a medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, além de uma reputação cimentada como um dos ciclistas mais consistentes da última década.
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