Contagem decrescente para o Tour: Faltam 50 dias!

Ciclismo
sexta-feira, 16 maio 2025 a 14:00
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O calendário marca 16 de maio e, para os fãs de ciclismo, isso significa apenas uma coisa: estamos a 50 dias da partida da Volta a França 2025. Enquanto a Volta à Itália continua a deliciar o público com grandes duelos e reviravoltas, os olhos do mundo começam também a fixar-se no arranque da maior corrida do ciclismo, agendado para 5 de julho, em Lille.

Pogacar no centro das atenções

Passaram 299 dias desde que Tadej Pogacar venceu a Volta de 2024 com uma autoridade raramente vista. O esloveno conquistou a sua terceira Camisola Amarela, somando seis vitórias de etapa e fechando a geral com mais de seis minutos sobre Jonas Vingegaard, numa edição dominada de início ao fim. Remco Evenepoel, na sua estreia, completou o pódio, mas ficou a léguas do domínio de Pogacar.
Agora, em 2025, Pogacar chega ainda mais forte. Campeão do mundo, vencedor da Strade Bianche, Volta à Flandres, Fleche Wallone e Liège-Bastogne-Liège, parte como o grande favorito a defender o título de 2024 e a escrever um novo capítulo na história do ciclismo.
Tadej Pogacar será o homem a bater em julho
Tadej Pogacar será o homem a bater em julho

Os rivais alinham o plano de ataque

Vingegaard, seu maior rival nos últimos anos, tem tido uma temporada discreta, mas ninguém duvida da sua capacidade de atingir o pico em julho. Evenepoel, por sua vez, continua a recuperar plenamente da lesão sofrida em dezembro, mas com dois contrarrelógios no percurso, não pode ser descartado.
Os três protagonistas vão medir forças no Critérium du Dauphiné (8 a 15 de junho), o primeiro confronto real antes do Tour.

Mais do que a geral: quem se destaca nas outras frentes

Primoz Roglic está a fazer o Giro, mas já deixou claro que quer tentar a rara dobradinha Giro-Tour, tal como Pogacar fez no ano passado. Já Mathieu van der Poel, com apenas uma vitória no Tour até hoje (etapa 2 em 2021), poderá procurar um novo momento de glória com um arranque favorável aos clássicos.
A camisola verde promete ser uma das mais disputadas dos últimos anos, com nomes como Jasper Philipsen, Biniam Girmay, Jonathan Milan e Tim Merlier à espreita. E com a primeira etapa em Lille desenhada para sprinters, não é descabido imaginar um deles de amarelo no final do primeiro dia.

O percurso: plano, caos e escaladas históricas

A edição de 2025 arranca com uma jornada de 185 km em torno de Lille, ideal para os homens rápidos. Até à 11ª etapa, o percurso é propício a fugas, abanicos e finais imprevisíveis, mas sem grandes decisões na montanha.
A dureza começa verdadeiramente com as etapas 12, 13 e 14, que atravessam os Pirenéus. Destacam-se a chegada a Hautacam, o contrarrelógio de montanha em Peyragudes e o final em Superbagnères.
A terceira semana será decisiva. O regresso do Mont Ventoux, na etapa 16, reacende memórias do duelo de 2021 entre Vingegaard e Pogacar. Depois, seguem-se os Alpes, com subidas como Col de la Loze e La Plagne, palco de grandes diferenças em anos anteriores.

Dois contrarrelógios, duas oportunidades de viragem

O primeiro contrarrelógio individual surge logo na etapa 5, com terreno plano e ideal para Evenepoel colocar tempo nos seus rivais. O segundo, na etapa 13, é um contrarrelógio em subida e poderá ser o momento-chave antes da terceira semana. A história mostra que um bom dia (ou um mau dia) nestes contextos pode decidir o Tour.
Será que podemos ver Evenepoel de amarelo?
Será que podemos ver Evenepoel de amarelo?

Quem vestirá a amarela no primeiro dia?

A tradição recente tem reservado surpresas: Romain Bardet em 2024, Adam Yates em 2023. Em 2025, com um sprint puro em Lille, o favorito à vitória na primeira etapa poderá ser também o primeiro Camisola Amarela. Philipsen, Milan, Merlier ou Girmay podem viver um momento de glória logo à primeira oportunidade.

Conclusão: um Tour em ebulição

A contagem decrescente começou. Enquanto o Giro nos prende ao ecrã, os grandes candidatos ao Tour já afiam as armas. Em 50 dias, saberemos quem começa na frente. Três semanas depois, o mundo saberá se Tadej Pogacar reforça o seu legado ou se Vingegaard, Evenepoel ou outro nome consegue travar a sua hegemonia.
Até lá, olhos no Giro. Mas o relógio já está em contagem decrescente para o Tour
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