Depois de oito meses afastado da competição,
Benoît Cosnefroy está pronto para regressar à competição. O francês da
Decathlon AG2R La Mondiale Team marcará o seu regresso oficial na
Volta à Romandia, que arranca a 29 de abril, após um início de época marcado por lesões.
Cosnefroy não compete desde o Renewi Tour de 2024, tendo sido forçado a interromper a sua temporada devido a problemas persistentes na clavícula e num joelho, lesões que culminaram numa cirurgia realizada em janeiro. À semelhança de Remco Evenepoel, foi um dos poucos ciclistas de topo que ainda não tinham iniciado a temporada de 2025. Se Evenepoel já voltou e em grande forma, Cosnefroy prepara agora a sua própria rentrée.
“Não tenho medo de recomeçar, sei que o meu corpo vai aguentar”, declarou ao Le Dauphiné Libéré. “Claro que, nesta fase da minha carreira, gostaria que a paragem tivesse sido mais curta. Mas, no fim de contas, nem tudo foi negativo. Esta pausa permitiu libertar-me de alguma pressão. Foi um pouco como durante o confinamento da Covid: algumas pessoas gostaram de poder abrandar e comigo aconteceu algo semelhante. Estar longe da competição e do stress que ela traz acabou por me fazer bem.”
De regresso aos treinos, Cosnefroy afirma estar a sentir-se como se estivesse “ao nível de janeiro, numa preparação normal”. O francês reconhece que ainda não está pronto para discutir vitórias, mas mostra-se confiante na sua recuperação progressiva:
“Sei que todos os outros estão em forma, mas também sei que não me vou perder completamente. Para já, o objectivo é voltar a ganhar certos hábitos: barbear-me, manter a concentração durante quatro horas, cuidar da alimentação em corrida, lidar com o barulho, com o vento...”
Quanto ao calendário, ainda não há decisões definitivas. Cosnefroy poderá alinhar em provas como o Grand Prix du Morbihan, o Tro-Bro Léon ou os 4 Dias de Dunquerque em maio, e tem também em vista o Critérium du Dauphiné ou a Volta à Suíça, consoante a evolução da forma.
“O que eu quero é voltar a competir ao mais alto nível. Regressar, ser forte e vencer. Quero redescobrir a adrenalina das corridas e aqueles momentos inesquecíveis em que se joga tudo no final. Adoro a vida que tenho agora, o ritmo de um atleta de elite e os desafios que isso traz. Tudo isso contribui para a pessoa que sou hoje.”