Daan Hoole, gregário de Mathieu van der Poel, sobre a recusa da Bélgica em puxar o pelotão no início da corrida olímpica: "Aqueles belgas foram só um pouco irritantes"

A Bélgica fez uma corrida perfeita, com Remco Evenepoel a vencer a solo, enquanto os seus colegas de equipa cobriam todas as manobras perigosas atrás. E enquanto os belgas vão festejar esta noite, os neerlandeses só podem lamentar o que correu mal, já que Mathieu van der Poel foi o seu melhor ciclista, em 11º lugar.

O rolador Daan Hoole foi chamado para controlar o grupo da frente para os Países Baixos. No entanto, encontrar a cooperação na frente do grupo nem sempre foi fácil. "Nós também queríamos isso, tal como a Dinamarca", salientou Hoole ao NOS depois sobre Mikkel Bjerg, que já estava a passar na frente após a formação da fuga.

No entanto, nem todas as equipas favoritas à corrida estavam tão interessadas em gastar energia na frente do grupo. "Aqueles belgas foram só um pouco irritantes. Se ficamos em primeiro e terceiro lugar no contrarrelógio, parece-me lógico que também devemos andar na frente. A certa altura, parámos e dissemos: ou pedalam connosco, ou não pedalamos."

Naquele momento, Tiesj Benoot estava a ser utilizado como um homem de trabalho. "Disseram que não tinham levado ninguém com eles para andar na frente", ri-se Hoole, que acrescenta cinicamente: "Tipicamente belga, mas ei... No final, eles correm e ganham, por isso tinham o plano certo".

A convocatória de Hoole será certamente alvo de algumas críticas, uma vez que Van der Poel esteve isolado nas partes decisivas da corrida. Mas o selecionador nacional, Koos Moerenhout, diz que está "a cem por cento" de acordo com a decisão de trazer Hoole como um ajudante. "Tirámos Daan da frente, até os belgas começarem a pedalar. Só precisamos de alguém que possa preencher as lacunas e corrigir as coisas. O Daan fez um ótimo trabalho".