Danny van Poppel critica a UCI pela sequência de cartões amarelos: "É realmente frustrante ver como eles são inconsistentes"

Nos sprints temos frequentemente situações caóticas, com os ciclistas a encostarem ombros uns com os outros ou a bloquearem a estrada. Até há pouco tempo as principais consequências de tais atitudes eram uma desclassificação ou uma multa, mas agora os sprinters recebem cartões amarelos que, em alguns casos específicos, podem levar a suspensões. Danny van Poppel, que recebeu um cartão amarelo pela segunda vez no espaço de um mês, não está satisfeito com a forma como esta regra está a ser aplicada em algumas outras corridas.

Van Poppel foi o líder do comboio para Sam Welsford no Tour Down Under, numa parceria extremamente bem sucedida que levou a três vitórias em etapas, mas receberia um cartão amarelo numa delas. Agora no UAE Tour, cortou Arvid de Kleijn durante o sprint da 6ª etapa e recebeu mais um cartão amarelo. Alguns outros ciclistas receberam cartões amarelos nas últimas semanas, mas o ciclista da Red Bull - BORA - hansgrohe é o primeiro a chegar aos dois.

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"Algo tinha de mudar porque o ciclismo estava a tornar-se muito perigoso. Mas a minha frustração é que vi vários sprints em que não deram cartão amarelo, mesmo que o pudessem ter feito. Penalizaram-me no Tour Down Under, mas depois vemos incidentes noutras corridas...", disse van Poppel em declarações à Cyclingnews. Isto aconteceu no mesmo dia em que Milan Fretin obteve uma surpreendente e polémica vitória ao sprint na Volta ao Algarve, que não teve consequências.

"É realmente frustrante ver como eles são inconsistentes", lamenta van Poppel. "É preciso um antigo ciclista profissional para lidar com esta situação, mas não há antigos ciclistas experientes na UCI. No final estou bem com isto e talvez seja uma chamada de atenção para o ciclismo".

No entanto, em última análise, não acredita que este sistema tenha um grande impacto no ciclismo, mesmo para um corredor com as suas funções específicas. "Não acho que vá mudar muito, mas acho que é uma boa maneira de destacar as coisas que não são permitidas. No entanto, de momento, não espero que faça uma grande diferença".

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