David Gaudu caiu durante a 7ª etapa, cedendo apenas 51 segundos no final: "A mão está muito má. Vê-se o tendão"

Depois do desastre vivido pela Red Bull – BORA – Hansgrohe na véspera, foi a vez de os adeptos franceses sofrerem com um duro golpe na 7ª etapa da Volta a Itália 2025. A chegada em montanha a Tagliacozzo, a primeira da edição, foi marcada por quedas importantes envolvendo Romain Bardet e David Gaudu, as duas principais esperanças gaulesas na classificação geral.

Enquanto Juan Ayuso (UAE Team Emirates – XRG) vencia de forma convincente, David Gaudu lutava contra mais do que apenas a inclinação da montanha. Após uma queda nas fases iniciais da etapa, o líder da Groupama – FDJ chegou visivelmente em sofrimento, com uma das mãos envolta em ligaduras.

"A mão está muito mal. Vê-se o tendão, não está muito bem”, disse Gaudu ao Eurosport, com semblante carregado. "É uma merda... Estive concentrado todo o dia, mas toquei na roda de um ciclista que se desviou à minha frente. Não há desculpas".

O francês terminou no 25.º lugar, a 51 segundos de Ayuso, e já deu sinais de que as próximas etapas serão de pura sobrevivência. A dor é visível e, mesmo sem fraturas confirmadas até ao momento, o risco de abandono estará sempre presente se a evolução clínica não for positiva.

Já Romain Bardet (Team Picnic PostNL), que também se viu envolvido num incidente na primeira metade da jornada, não teve declarações públicas após a etapa, mas foi reportado com escoriações visíveis e atraso significativo na subida final. A sua condição para as próximas etapas permanece incerta.

O que se segue para Gaudu não é animador. A etapa de sábado apresenta o desafio da subida à Maddalena (13,1 km a 7,3%), ainda antes da fase final acidentada, com múltiplas rampas curtas e descidas técnicas. Para o francês, o objetivo será chegar ao segundo dia de descanso minimizando perdas e evitando agravar a lesão.

Aos 28 anos, Gaudu chegou ao Giro com ambições legítimas, mas a realidade pode forçá-lo a mudar de estratégia e focar-se numa eventual recuperação para a terceira semana, onde poderá ainda ambicionar vitórias de etapa ou uma recuperação no top-10, se as condições o permitirem.