David Louvet faz uma antevisão do percurso do Campeonato do Mundo de 2025: "Não me surpreenderia se apenas vinte ciclistas chegassem à meta"

Ciclismo
quinta-feira, 03 outubro 2024 a 18:51
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A agitação após o polémico Campeonato do Mundo de Zurique ainda não acalmou, mas muitos já aguardam com expetativa aquele que será o primeiro Campeonato do Mundo de ciclismo de sempre realizado em África. Os organizadores do Ruanda prepararam um percurso brutal que promete desfazer o pelotão em pedaços.
Cabe ao selecionador nacional, David Louvet, garantir que os ciclistas ruandeses não façam figura de parvos no seu próprio país no próximo ano. "Toda a gente conhece o Mur de Kigali, com os seus paralelepípedos e as suas inclinações muito acentuadas. No próximo ano, será no início do percurso, mas será muito duro. Não me surpreenderia se apenas vinte ciclistas chegassem ao fim", diz à NOS.
Mesmo que o Mur de Kigali (0,4 km a 11%) combinado com o Monte Kigali (5,9 km a 6,9%) só seja disputado uma vez a 100 quilómetros do fim, o circuito final que será percorrido por 15 vezes, contará com o Cote de Kigali Golf (0,8 km a 8,1%) e o Cote de Kimihurura (1,3 km a 6,3%). O total de quase 5500 metros de desnível acumulado será um verdadeiro teste para as pernas e para... a coragem.
Teremos Pogacar a defender o titulo conquistado em Zurique no Ruanda em 2025?
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Outra pessoa importante para o ciclismo ruandês é Félix Sampona. Félix Sampona liderou o desenvolvimento do país durante muitos anos, antes de se tornar assistente do novo selecionador nacional, Louvet, com vista a 2025. "Para o Ruanda o Campeonato do Mundo é extremamente importante", afirma. "É uma oportunidade para mostrarmos quem somos e de contar a nossa história".
"Não é uma história de que se orgulhem no Ruanda, com o genocídio que ocorreu há 30 anos ainda bem vivo na memória. Mas com esforços conjuntos, o povo ruandês dá o seu melhor para escrever um novo e melhor capítulo da sua história. O Campeonato Mundial de 2025 é um raio de luz para o país da África Oriental. Um resultado individual seria pedir demasiado, mas queremos mesmo um campeonato que decorra sem problemas, sem incidentes de maior e que atraísse grandes multidões (ed. como a Volta ao Ruanda consegue fazer ano após ano) seria um enorme sucesso."

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