Embora não corra numa equipa repleta de estrelas, nem some vitórias em catadupa ao longo do ano,
Davide Piganzoli está a afirmar-se como um dos nomes mais interessantes no mercado de transferências. Discreto, mas consistente, o jovem trepador italiano já mostrou ser um líder de confiança na classificação geral, com destaque para o 13.º lugar conquistado na
Volta a Itália do ano passado. Agora, aos 22 anos, prepara-se para regressar ao Corsa Rosa com ambições renovadas.
"Estou definitivamente a chegar com um nível de maturidade diferente", afirmou Piganzoli ao Bici.pro, após concluir a Volta aos Alpes. "O programa de preparação manteve-se o mesmo antes e depois da Volta aos Alpes: fiz um estágio em altitude, depois esta corrida para afinar a forma e agora sigo para o Giro. Considerando os resultados do ano passado, acredito que é a abordagem certa. Sinto-me mais forte e penso que podemos esperar coisas boas."
Mas em que consiste essa maturidade a que Piganzoli se refere? "Tenho mais experiência e melhorei bastante a nível físico. Agora consigo manter melhor o ritmo dos principais concorrentes da classificação geral. Quando se é jovem, é preciso tempo para se habituar ao pelotão e evoluir. Com o passar dos anos e das corridas, acredito que vou continuar a crescer. Sinto também que a equipa mudou para melhor."
Com uma semana a separar a última etapa da Volta aos Alpes da Grande Partenza, Piganzoli já definiu os próximos passos. "Agora vou aproveitar para descansar um pouco e depois seguimos diretamente para a Albânia. Este ano volto a estar focado na classificação geral, mas sem pressões excessivas. Estamos numa equipa pequena e isso também nos permite procurar oportunidades em fugas e lutar por etapas."
Sem Tadej Pogacar na defesa do título da Corsa Rosa, a edição de 2025 da Volta a Itália promete ser muito mais aberta. Piganzoli acredita que isso poderá beneficiar ciclistas como ele: "Sim, sem dúvida. Vai ser uma corrida muito mais equilibrada. Teremos muitos campeões na luta, e sem alguém a dominar, o controlo será maior, mas também haverá mais espetáculo e mais oportunidades para todos."