DD da Cofidis sobre a luta pela Camisola Amarela: "Pensámos mesmo que Pogacar poderia arrasar na Volta a França e finalmente vimos um Vingegaard bastante à vontade"

O diretor da Cofidis, Cédric Vassuer, deu a sua opinião sobre a luta pela vitória na Volta a França, que deverá ter mais uma etapa hoje no Col du Galibier. O diretor francês acredita que a UAE Team Emirates vai ficar desapontada depois de não ter conseguido fazer a diferença na segunda etapa, onde Tadej Pogacar não conseguiu derrubar Jonas Vingegaard na Madonna di San Luca.

"Espero que o Tour não termine amanhã à noite, mas pelo que vimos ontem (2ª etapa), penso que Pogacar e Vingegaard terão dificuldade em separar-se durante esta 4ª etapa", disse Vasseur em declarações ao Cyclism'Actu. "Na minha opinião, teremos de esperar pela acumulação de fadiga para ver as diferenças serem criadas". Isso pode não acontecer hoje, pois temos uma etapa curta de 138 quilómetros sem uma subida verdadeiramente íngreme, mas sim esforços longos e consistentes onde andar na roda fará muita diferença.

Em San Luca, onde as inclinações são muito elevadas e os ataques podem fazer a diferença, Pogacar atacou a corrida como esperado, mas Vingegaard respondeu prontamente e surpreendeu a concorrência ao mostrar o seu melhor nível desde o início da corrida.

"Ontem à noite, a Emirates deve ter ficado desiludida, porque pensamos que Pogacar poderia esmagar a concorrência na Volta a França e, finalmente, vimos um Vingegaard bastante à vontade e sem dificuldades no ataque de Pogacar", acrescentou Vassuer. "A Emirates e Pogacar têm de se questionar e a terça-feira poderá dar respostas". Irá a Emirates atacar nesta terça-feira? Parece improvável que a equipa use as suas unidades para tentar atacar de longe num dia que não é muito difícil de controlar, enquanto o Galibier em si terá uma longa secção de vento contrário antes dos seus quilómetros finais.

É perfeitamente possível que haja movimentos até ao alto, especialmente porque as bonificações são conquistadas no topo da montanha de 2627 metros de altitude. Os últimos quilómetros apresentam inclinações de mais de 10%, antes da descida final para Valloire, onde as diferenças podem ser acentuadas. Vasseur também comenta o início da corrida da sua própria equipa, na qual Guillaume Martin - nono no ano passado - está animado na luta pela classificação geral após um forte fim de semana de abertura da corrida.

"Antes do Tour, não era realmente a ideia estar tão bem colocado na classificação geral para Guillaume [Martin], mas isso prova que ele está em boa forma e que passou as três primeiras etapas sem problemas", diz Vasseur. "Agora, haverá uma explicação amanhã (esta terça-feira) entre os ciclistas da classificação geral, com o Lautaret e, especialmente, o terrível Galibier, e podemos esperar que Guillaume possa continuar com o seu ímpeto. Faremos um balanço amanhã à noite e decidiremos em função das circunstâncias".