A queda de
Mikel Landa na etapa de abertura da
Volta a Itália teve um impacto profundo não apenas na sua temporada, mas também nos planos da
Soudal - Quick-Step para o resto do ano. O basco de 35 anos viu-se forçado a abandonar a Corsa Rosa logo no primeiro dia, com uma fratura na vértebra torácica, após uma violenta queda na descida final para Tirana. A imagem do ciclista imobilizado e evacuado de ambulância deixou um ambiente sombrio na estrutura belga.
Para Iljo Keisse, diretor-geral da equipa, a gravidade do cenário é evidente e as consequências vão muito além do Giro. "Penso que é frustrante para ele ter de abandonar o Giro desta forma. Não sou médico, claro. Mas após estas quatro semanas de repouso total, Landa perderá toda a sua condição e terá de começar tudo de novo", afirmou em declarações ao Sporza.
Além da baixa para a Volta a Itália, a ausência prolongada de Landa compromete diretamente o plano da equipa para a
Volta a França. O espanhol era o principal homem de apoio de
Remco Evenepoel na montanha, papel que desempenhou com enorme fiabilidade em 2024. Agora, a equipa enfrenta um vazio difícil de preencher a poucas semanas do maior objetivo da época.
"Landa era a nossa referência para estar ao lado de Remco nos Alpes e nos Pirenéus. Foi peça-chave no Tour do ano passado, sempre sólido e experiente nos momentos críticos. Esta época era novamente parte central do plano. Agora teremos de encontrar uma alternativa, mas não há muitos ciclistas no mercado com o perfil que procuramos. Vai ser um quebra-cabeças", admitiu Keisse.
O impacto da lesão pode estender-se até aos Jogos Olímpicos e ao Mundial no Ruanda, provas onde Landa também era apontado como nome forte da seleção espanhola. A sua recuperação será longa e incerta, e só um regresso em 2026 parece, neste momento, uma perspetiva realista.