Apesar do entusiasmo que antecedeu a jornada e das expectativas de caos e imprevisibilidade, a terceira etapa da Volta à Itália 2025 acabou por ter um desfecho relativamente previsível. Mads Pedersen, líder da Lidl-Trek, voltou a impor-se ao sprint e conquistou a sua segunda vitória em três dias, recuperando também a Camisola Rosa.
A etapa, que marcava a despedida da prova da Albânia, deixou um sabor algo amargo entre os adeptos e analistas do ciclismo. Diversas figuras do meio manifestaram-se online, considerando o desfecho pouco entusiasmante. Benji Naesen, do podcast Lanterne Rouge, usou a sua
conta oficial no X (Twitter) para criticar a inércia tática do pelotão, apontando diretamente à falta de ambição de algumas equipas rivais da Lidl-Trek.
"É surpreendente que tão poucas equipas estejam a tentar ganhar a etapa, pressionando a Lidl-Trek nesta subida", escreveu, deixando uma crítica direta à Team Jayco AlUla: "Completamente inexplicável."
Em entrevista à RAI após o final da etapa,
Mauro Vegni, diretor da corrida, assumiu alguma frustração com o desenvolvimento do dia.
"A partida foi concebida para chegar a Itália com, pelo menos, algum tipo de classificação geral. Como sempre, são os ciclistas que fazem a diferença", afirmou Vegni, desiludido com a escassa ação na última etapa em solo albanês.
"Hoje esperava um pouco mais – alguns tentaram não fazer muito porque querem poupar energia."
Com o primeiro dia de descanso a acontecer esta segunda-feira, a Volta à Itália regressa amanhã a território italiano. Após a falta de movimentações entre os favoritos à classificação geral nesta terceira etapa, Mads Pedersen mantém a liderança, agora em solo italiano. Entre os candidatos ao pódio, Primoz Roglic ocupa o segundo lugar da geral, a 9 segundos de Pedersen e, mais importante, com 16 segundos de vantagem sobre Juan Ayuso.