"É difícil superar momentos como este" - Michal Kwiatkowski de regresso às corridas após 4 meses lesionado!

Após mais de quatro meses afastado, Michal Kwiatkowski voltou ao pelotão no sábado, na Clássica de San Sebastián. O ciclista da INEOS Grenadiers, de 35 anos, concluiu a prova no 89.º lugar, marcando o seu regresso desde que abandonou a quinta etapa do Tirreno-Adriatico, a 14 de março. Uma persistente lesão no joelho manteve-o fora de competição, após um início de época promissor com vitória na Clásica Jaén e um abandono frustrante na Strade Bianche.

O processo de recuperação foi mais longo e complexo do que o esperado, marcado por diagnósticos errados e semanas de incerteza. “Quatro meses e meio depois… estou finalmente de volta à linha de partida. Nunca tinha passado por nada assim. Uma dor teimosa no joelho transformou a minha vida numa montanha-russa: nove semanas de luta contra as dores e à procura de respostas. Num dia sentimo-nos no topo do mundo, no outro perguntamo-nos se será o fim do caminho”, confessou Kwiatkowski.

Inicialmente atribuída a uma queda, a dor acabou por ter origem biomecânica, descoberta apenas após um longo período de tentativas e erros. “Depois de uma longa batalha, conseguimos localizar o problema numa questão biomecânica, e não na queda, como pensamos ao início. Um enorme agradecimento ao meu treinador, aos fisioterapeutas, médicos e a todos os membros da INEOS Grenadiers”, explicou. O antigo campeão do mundo e vencedor de duas etapas da Volta a França destacou ainda o apoio da família durante o período difícil. “Agata, estiveste sempre ao meu lado e deste-me o melhor apoio que poderia sonhar. Sem a família e os amigos, é difícil superar momentos como este. Esta lesão ensinou-me a ter paciência e a valorizar as pequenas coisas.”

De regresso à competição, Kwiatkowski quer aproveitar ao máximo a segunda metade da temporada, com a Volta à Polónia como próximo objetivo e a Volta a Espanha no horizonte. “Agora tenho fome de estrada. San Sebastián está feito. A seguir, correr em casa, na Polónia, é especial. E se tudo correr como planeado, a Vuelta e um final de época forte esperam por mim. Vamos continuar esta história.”